São Luís - Dois concertos marcam as homenagens aos 45 anos de fundação da Escola de Música do Estado do Maranhão “Lilah Lisboa de Araújo”, ambos a serem apresentados no Teatro Alcione Nazaré (Praia Grande). Hoje, às 19h30, com entrada gratuita, apresentam-se o pianista, regente e compositor Willame Belfort, as cantoras líricas Juliana Cutrim (soprano) e Rose Nogueira (meio-soprano), o Coral Art-Canto, o Instrumental Tangará, o grupo Combo 363 e a Orquestra Jovem do Maranhão “João do Vale”.
Além desses grupos e artistas, participam das homenagens a soprano Lívia Berredo, o barítono Magno Ferreira e a Orquestra Guajajaras. Amanhã, às 19h, com cobrança de ingressos, será a vez da Banda Sinfônica Tomaz de Aquino Leite, com o concerto “Brasilidade”, sob a regência do professor e maestro Jairo Moraes.
A partir de agora, a Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo homenageará, anualmente, por ocasião do seu aniversário, pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para o crescimento da música no Maranhão por meio da instituição. A homenageada deste ano é a ex-diretora, professora, cantora lírica e musicista Olga Mohana.
“Mohana chegou a estudar canto na Universidade Federal da Bahia, na década de 1950, mas, depois, foi para a Faculdade de Serviço Social, onde se graduou, em 1964, chegando a dar aulas e coordenar o Departamento de Serviço Social. Paralelamente à paixão pela música, dava aulas de canto na Escola de Música do Maranhão”, resume Regina Oliveira, da Coordenação de Eventos da Emem.
História - Olga era irmã do padre João Mohana, outro nome fundamental para a música do Maranhão. Ela deixou um disco gravado, em que canta acompanhada da pianista cearense Mércia Pinto, professora da Lilah Lisboa no período em que foi diretora, no governo de João Castelo, entre 1979 e 1982. A vida dela era dividida entre cantar, dar aulas e ajudar. Mesmo destacando-se com sua rara voz de contralto, nunca abandonou a carreira no Serviço Social. Aposentou-se como professora da Universidade Federal do Maranhão, mas era conhecida no Recife como uma grande cantora lírica.
No cargo de diretora, transformou a Escola de Música do Maranhão. Além de trazer professores e maestros de outros estados e até do exterior, popularizou a instituição, principalmente entre os jovens, ao fazê-los acreditar que poderiam se tornar pianistas ou flautistas, por exemplo. Um de seus trabalhos mais marcantes foi a interpretação, no Teatro Arthur Azevedo, no Recife, da “Missa de Antônio Rayol”, produzida ao vivo. Também se apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e gravou um LP interpretando 15 composições.
Na década de 1980, fundou o madrigal (pequeno coro) Lilah Lisboa, atual nome da Escola de Música do Maranhão. Era muito determinada e exigente, mas sempre tratava todos os alunos com ternura. O dinheiro que ganhava com o canto usava para ajudar novos músicos. Abandonou a carreira no auge, na década de 1990, pois achava que não tinha mais como melhorar.
Serviço
O quê
Programação em homenagem aos 45 anos da Escola de Música
Quando
Hoje, às19h30, e amanhã, às 19h
Onde
Teatro Alcione Nazaré (Praia Grande)
Entrada gratuita hoje e R$ 10,00 (amanhã)
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.