Conscientização

Instituto Somos Todos Marianas leva ação à Vila Maranhão

Evento, realizado na UEB Tiradentes, teve presença de 300 pessoas e visou conscientizar sobre a violência contra a mulher

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

SÃO LUÍS - Mais de 300 pessoas, entre mulheres e crianças, participaram ontem da ação social realizada pelo Instituto Somos Todos Marianas, na sede da Unidade de Ensino Básico (UEB) Tiradentes, localizada na Vila Maranhão, zona rural de São Luís.

“Temos a missão de transformar a realidade local, mas também de informar e conscientizar a sociedade, principalmente, no tocante a violência contra a mulher”, declarou Carol Costa, uma das coordenadoras do instituto. Ele ainda informou que Somos Todos Marianas nasceu após o assassinato da sua irmã, Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto. Crime de feminicídio que ocorreu no dia 13 de novembro de 2016, no Turu.

Carol Costa disse que o instituto tem como uma das principais bandeiras de combater a violência contra a mulher, seja física, verbal ou psicológica. A cada 60 dias, uma escola, localizada na Região Metropolitana de São Luís, é escolhida para ser receber esse tipo de evento social.

Ações
Ontem, os integrantes do Somos Todos Marianas estiveram na UEB Tiradentes. Carol Costa informou que as mães e os alunos da escola participaram de um bazar e receberam informações sobre o combate a violência contra a mulher. “Conseguimos doações, foi feito o bazar, e o dinheiro arrecadado será revertido para a instituição educacional desenvolver suas ações”, enfatizou Carol Costa.

A palestra foi ministrada pela comandante da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar de São Luís, major Edhyelen.
Ela frisou que a Patrulha Maria da Penha vem, há dois anos, desenvolvendo um trabalho de fiscalização e preventivo. O cunho preventivo é realizado justamente por meio de palestras nas igrejas, escolas, universidades e até mesmo em eventos na Ilha.

A diretora da escola, Sônia Maria Baldez, afirmou que ações desse tipo são de suma importância para a comunidade. “É necessário conscientizar as mães da nossa comunidade, principalmente, quando o assunto é violência”, afirmou Sônia Baldez.

Uma das mães de aluno, Elisângela da Silva, lembrou que a comunidade precisa ser esclarecida e aprender a se defender dos agressores, que na maioria das vezes são os esposos.

A blogueira Denise de Cavalcante disse que é uma das integrantes do Somos Todos Marianas e tem feito um trabalho árduo na rede social de combate a essa problemática que tem como vítimas as mulheres. “A mulher precisa se amar e não se calar quando for vítima de qualquer tipo de violência”, alertou a blogueira.

Saiba mais

Somente este ano, conforme dados da polícia, já ocorreram 20 crimes de feminicídio no estado. Entre estes casos, quatro na Grande Ilha. Um dos últimos registros teve como vítima a professora Rosiane Costa, de 45 anos. Ela foi encontrada morta com sinais de violência na manhã do dia 13 deste mês ao lado do prédio da TV UFMA, no Bacanga, por funcionários da Universidade Federal do Maranhão.

Número

300 mulheres e crianças participaram da ação social realizada pelo Instituto Somos Todos Marianas, na UEB Tiradentes, na Vila Maranhão

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