Audiência

Justiça ouve acusado de matar prestadores de serviço da Cemar

Duplo crime ocorreu em janeiro, no Sítio Natureza, praticado por De Menor e o seu irmão; audiência de instrução será hoje no fórum em Paço do Lumiar

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Pablo Martins Silva, o De Menor, será ouvido em audiência de instrução
Pablo Martins Silva, o De Menor, será ouvido em audiência de instrução (De Menor)

SÃO LUÍS - O faccionado Pablo Martins Silva, o De Menor, de 18 anos, participa nesta terça-feira, 28, da audiência de instrução, no fórum da cidade de Paço do Lumiar. Ele, em companhia de seu irmão, um adolescente de 16 anos, mataram a tiros João Victor Melo e Francivaldo Carvalho da Silva, no dia 15 de janeiro deste ano, no Sítio Natureza, em Paço do Lumiar.

As vítimas eram funcionários de uma empresa prestadora de serviço da Cemar. Eles foram mortos por terem cortado a energia elétrica da residência da namorada do acusado, nessa localidade.

A sessão vai ser presidida pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Paço do Lumiar, Roberto de Paula e o Ministério Público será representado pela promotora Raquel Castro. A audiência, segundo o magistrado, terá início no período da tarde e serão ouvidos as testemunhas de acusação e defesa e o próprio acusado. Após a audiência será aberto prazo para o Ministério Público e a defesa fazer as suas alegações finais. “Somente depois dessa etapa é que posso decidir se o acusado vai ou não a Júri Popular”, explicou o juiz.

Prisão

De Menor está preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas desde o dia 22 de janeiro deste ano. Ao depor na Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP), que investigou o caso, que decidiu cometer o crime por estar com raiva devido as vítimas terem cortado a energia elétrica da residência onde o seu filho estava dormindo, no Sítio Natureza. Ele confirmou que o seu irmão também atirou nas vítimas.

O irmão de Pablo Martins foi apreendido no dia 17 de janeiro pela Polícia Civil na residência de uma tia, no Paranã, em Paço do Lumiar. Ele foi apresentado na SHPP, onde afirmou que no dia do crime estava jogando videogame em companhia de colegas na Rua A, no Sítio Natureza, quando foi procurado por De Menor para cometerem o duplo assassinato.

O apreendido declarou, ainda, que abordaram as vítimas dentro do veículo da prestadora de serviço para a Cemar, um Fiat Mille, de placas OJG-2736, na Rua B, do residencial e ali mesmo os mataram. Segundo ele, Pablo Martins teria efetuado os três primeiros tiros e ele completou o serviço. Em relação a arma utilizada no crime o adolescente afirmou que estava com seu irmão, mas nunca foi localizada pela polícia.

Audiência no Piauí

Quem participou, ontem, de uma audiência de instrução, mas no fórum de Teresina, foi o soldado da Polícia Militar do Maranhão, Francisco Ribeiro dos Santos Filho, acusado de ter assassinado o cabo da polícia o Piauí, Samuel de Sousa Borges. O crime ocorreu no dia 1º de fevereiro deste ano, na zona leste daquela cidade. A vítima foi baleada na frente do filho, menor de idade.

O policial maranhense foi preso em flagrante e está custodiado no sistema penitenciário do Piauí. Ele chegou ao fórum escoltado por agentes penitenciários e ouviu gritos de “assassino cruel”. A mãe da vítima, Isabel Borges, afirmou que a sua família está destruída com a morte do filho.

“Ele destruiu a vida da minha família. Parei de trabalhar para cuidar do meu neto, tomo antidepressivo. Tive que ver meu filho em um caixão. Hoje preciso olhar nos olhos dele e dizer que cessou minha família”, desabafou Isabel Borges.

Foram ouvidas 10 testemunhas seis de acusação e quatro de defesa. Um dos primeiros a ser indagado pelo magistrado foi o vigia da rua, que estava no momento do crime. Ele confirmou que o cabo Borges foi assassinado na frente do filho que ficou em estado de choque e que a vítima filmou a própria morte. “Os dois entraram acelerados na rua, pararam as motos.

Denúncia

Pensei que era um assalto. Pedi que se identificassem e como eram policiais, saí. Logo, ouvi os tiros e o primeiro a vítima ainda estava filmando. No terceiro tiro, a vítima estava caindo e foi na direção da cabeça. A criança estava perto de mim e disse: meu pai morreu”, declarou o vigia.

O vigia disse que imobilizou o acusado e recolheu as armas. Os tiros poderiam ter atingido outras pessoas. O motivo da discussão seria porque uma das armas que estava com o acusado seria irregular e o cabo Samuel teria ameaçado denunciá-lo na Corregedoria da Polícia Militar.

O outro a ser ouvido foi o delegado do Piauí, Willame Moraes, que também presenciou o assassinato. “Tinha acabado de deixar minha filha na escola e fui chamado para fazer essa intervenção. Ao chegar no local, olhei a vítima estendida no chão e o acusado sendo espancado. Identifiquei-me como delegado, e dei voz de prisão a ele”, disse o delegado.

Francisco Ribeiro é acusado de mais três homicídios na capital piauiense. Entre as vítimas os primos Pedro Henrique de Sousa Florência, de 20 anos, e Diego Armando Alves do Nascimento, de 16 anos, fatos ocorridos em dezembro do ano passado. A outra vítima teria sido Felipe da Silva Araújo, 30 anos, em agosto do ano passado.

Caso Paiva

Nesta terça-feira, 28, vai ocorrer a audiência de instrução e julgamento da morte do prefeito de Davinópolis, no fórum de Imperatriz. O crime ocorreu em Davinópolis, no dia 10 de novembro do ano passado. De acordo com a polícia, cerca de R$ 200 mil foi o valor cobrado pelos executores desse crime e interesses de cunho político como também econômico teriam sido a motivação.

Seis pessoas estão presas suspeitas desse assassinato. Entre os presos estão o vice-prefeito do município, José Rubem Firme; os policiais militares Francisco de Assis Bezerra, o Tita; e Willame Nascimento Silva; e ainda o empresário José Antônio Messias, o mecânico José Denilson Feitosa Guimarães, o Boca Rica, e Douglas Silva Barbosa.

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