Recuperação

Viaduto sobre linha férrea da Vale tem tráfego liberado

O trecho estava interditado desde o dia 12 deste mês, após parte da estrutura apresentar chances de desabamento; liberação parcial aconteceu depois de alguns dias de reparos

Emmanuel Menezes / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Viaduto no Itaqui está liberado, após obra
Viaduto no Itaqui está liberado, após obra (viaduto)

O viaduto que fica acima da linha férrea da Vale e da Transnordestina, no Km 15 da BR-135, que dá acesso ao Porto do Itaqui, foi liberado completamente ontem (24), por volta das 12h30, para tráfego de veículos. A garantia foi dada em nota emitida pela Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O tráfego de veículos nesse trecho foi restringido no domingo, 12, para reparos emergenciais. No dia da interrupção, de acordo com o Dnit, seriam executados “serviços emergenciais no encontro do viaduto, visando à segurança adequada no trajeto dos usuários que usam aquele segmento da rodovia”. Ainda de acordo com a nota, os “reparos seriam feitos em parceria com a Vale”, e o tempo de interdição seria “o mínimo possível”.

A passagem dos veículos, em meia pista, já havia sido liberada desde o dia 17, após a execução dos serviços em um dos lados do viaduto. Foram instaladas placas metálicas em ambos os lados do viaduto sobre a laje de transição com defeito, para que o tráfego pudesse fluir sem atingir a área danificada.

O viaduto, que passa pela linha férrea da Vale e da Transnordestina, foi incorporado ao projeto de duplicação da BR-135, que dá acesso ao Porto do Itaqui. Os serviços, que ampliaram 15,3 quilômetros de rodovia, foram entregues em outubro de 2010 e custaram aproximadamente R$ 65 milhões (oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento/PAC).

Além de viadutos, foram construídos à época cinco retornos duplos, dois simples e duas intersecções. Ao facilitar o acesso às áreas da Vila Maranhão e outras localidades, a obra também foi essencial para o escoamento da produção, em especial de grãos.

SAIBA MAIS

Relembre
Mesmo sob restrição, motoristas de veículos usaram a estrutura irregularmente para deslocar passageiros até a Vila Maranhão e adjacências enquanto o trecho estava interditado. Segundo pessoas que transitaram na região, até quarta-feira (15), a PRF mantinha controle do trecho, multando veículos que tentavam “furar” o bloqueio no viaduto. A liberação popular do viaduto – até então fechada de forma improvisada com barricadas de terra –, proporcionou que veículos de menor porte utilizassem o trecho para o fluxo Anjo da Guarda/Vila Maranhão e vice-versa.

Carrinhos aproveitam
A interdição parcial da passagem de veículos de médio e grande porte no viaduto sobre a linha férrea impulsionou o negócio de transporte alternativo. Com a passagem plena de veículos dificultada no trecho, os “carrinhos” passaram a faturar, seja deslocando pessoas para o Centro ou para as áreas da Vila Maranhão.

Alguns trabalhadores confirmaram que a demanda é tão grande que, no trecho, houve elevação de até 100% no faturamento. “Por mim, não queria que essa ponte se recuperasse nunca”, disse um dos motoristas, que não se identificou.
O também motorista José Benedito, de 62 anos, também aproveitou para faturar. Somente na tarde de ontem (16), arrecadou aproximadamente R$ 100,00. “Enquanto fica ruim para uns, para a gente está bom demais”, afirmou.

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