Mercado

Confiança do Comércio recua em maio, afirma FGV

Em médias móveis trimestrais, o indicador cedeu 2,9 pontos, terceira queda consecutiva

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24

RIO DE JANEIRO - O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getúlio Vargas recuou 5,4 pontos em maio, ao passar de 96,8 para 91,4 pontos, retornando ao mesmo nível de setembro de 2018. Em médias móveis trimestrais, o indicador cedeu 2,9 pontos, terceira queda consecutiva.

"A nova queda expressiva da confiança do comércio sugere que os empresários do setor ainda estão encontrando dificuldades com o ritmo de vendas no 2º trimestre. Os indicadores de situação atual refletem o fraco desempenho da atividade no início de 2019. Ao mesmo tempo, os empresários continuam revendo suas expectativas, resultado de uma frustração com o cenário apresentado até agora. A volta da recuperação da confiança ainda depende da redução dos níveis de incerteza, dos números mais positivos do mercado de trabalho e da retomada da confiança do consumidor", avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.

Em maio, a confiança caiu em 11 dos 13 segmentos. A queda do índice ocorreu devido tanto a uma nova redução das expectativas quanto da piora dos indicadores sobre o momento presente. O Índice de Expectativas (IE-COM) voltou a registrar valor abaixo de 100 pontos (94,8 pontos em maior) ao cair 6,6 pontos, pior valor desde setembro de 2018 (93,2 pontos). O Índice de Situação (ISA-COM) recuou 4,0 pontos para 88,3 pontos, menor valor desde janeiro do ano passado.

Fatores limitativos

Mensalmente, um quesito da Sondagem procura identificar fatores que estão limitando a melhora do ambiente de negócios. Neste quesito, é reservado um espaço para que as empresas descrevam fatores que considerem importantes e que não estejam listados entre as opções de resposta oferecidas no questionário. Essas respostas abertas foram agregadas em três principais temas: fatores políticos, fatores econômicos e outros.

O resultado sugere que os fatores políticos continuam contribuindo para a limitação da melhoria do ambiente de negócios do setor e também com a cautela adotada pelas empresas na hora de planejar os próximos meses. O percentual de empresas citando fatores políticos como uma limitação ficou em 6,7% o maior desde outubro passado quando registrou 9,4%.

A edição de maio de 2019 coletou informações de 843 empresas entre os dias 1 e 22 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem do Comércio ocorrerá em 26 de junho de 2019.

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