Encontro

Para Flávio Dino, Bolsonaro "vem frustrando expectativas"

Em Recife, Bolsonaro anunciou um acréscimo de R$ 4 bilhões ao Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), o que não minimizou os ataques dos gestores locais.

Gilberto Léda, com Agência Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
(Jair Bolsonaro)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), endossou críticas de colegas governadores do Nordeste a Jair Bolsonaro (PSL) após visita do presidente à região, nesta sexta-feira, 24.

Em Recife, Bolsonaro anunciou um acréscimo de R$ 4 bilhões ao Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), o que não minimizou os ataques dos gestores locais.

"De um modo geral o governo do presidente Bolsonaro enfrenta dificuldades no País, não apenas no Nordeste. Hoje essa contestação de que o governo vem frustrando expectativas é nacional. É um governo inerte no que se refere a políticas públicas. Quando rompe a inércia, rompe na direção errada. À exemplo desse desastrado decreto sobre armas", declarou o governador do Maranhão, segundo a Agência Estado.

O presidente desembarcou no Recife na manhã desta sexta-feira, 24, com um comitiva de 15 convidados para participar da reunião do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Nordeste (Condel-Sudene).

Para evitar manifestações de oposição que foram convocadas pelas redes sociais, a comitiva foi dividida em dois helicópteros que se deslocaram da base aérea do aeroporto do Recife até o Instituto Brennan, onde aconteceu o evento.

Durante o evento, um grupo de manifestantes com faixas e cartazes protestou em frente ao portão do instituto. "Esperávamos que o presidente, chegando aqui no Nordeste, a exemplo do que acontecia anteriormente, trouxesse mais notícias boas. As notícias boas não foram tantas", disse à reportagem o governador da Paraíba, João Azevedo (PSB).

No discurso de abertura, Bolsonaro fez um apelo para que os governadores, majoritariamente de oposição, apoiem o projeto de reforma da Previdência enviado ao Congresso. "Faço um apelo aos senhores governadores do Nordeste. Temos um desafio que não é meu, mas também dos senhores, independente da questão partidária, que é a reforma da Previdência, sem a qual não podemos sonhar em colocar em prática parte do que estamos tratando aqui", disse o presidente.

Ainda segundo Azevedo, é preciso que "efetivamente" o governo mostre a que veio. "Precisa definir políticas. Isso não aconteceu. Esperamos que o Brasil volte a crescer e não fique amarrado exclusivamente na pauta da Previdência", concluiu o governador paraibano.

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