Saúde

Mais de 602 mil maranhenses não tomaram a vacina contra a gripe

Dados foram liberados em novo boletim do Ministério da Saúde; 67% do público-alvo da campanha no Maranhão já compareceu aos postos, mas a meta é de 90%

Emmanuel

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Vacina está disponível até o dia 31 nos postos espalhados pelo estado
Vacina está disponível até o dia 31 nos postos espalhados pelo estado (vacinação)

SÃO LUÍS - Faltam apenas duas semanas para mais de 21,8 milhões de brasileiros se vacinarem contra a gripe. No Maranhão, 602.205 mil pessoas do público-alvo da campanha ainda não compareceram aos postos de saúde para receber a dose da vacina contra o vírus influenza. O número demonstra que apenas 67% do público-alvo já recebeu a dose; a meta do Ministério da Saúde é que 90% dessas pessoas sejam imunizadas.

A vacina está disponível até o dia 31 de maio nos postos de todo o país, incluindo os postos itinerantes nos shoppings da capital, que funcionam aos finais de semana. A nível Brasil, apenas 63,4% do público-alvo se vacinou contra a gripe, totalizando 37,7 milhões de pessoas. A vacina protege contra os tipos graves do vírus da influenza (A H1N1; A H3N2 e influenza B). A Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza teve início no dia 10 de abril

Os estados com maior cobertura até o momento são: Amazonas (93,6%), Amapá (85,5%), Espírito Santo (75,3%), Alagoas (73,4%), Rondônia (72,6%) e Pernambuco (72,2%). Já os estados com menor cobertura são: Rio de Janeiro (45,8%) Acre (49,7%), São Paulo (57,0%), Roraima (57,4%) e Pará (59,2%). Em todo o país, a campanha permanece com uma estrutura formada por cerca de 41,8 mil postos de vacinação e com a participação de aproximadamente 196,5 mil pessoas.

Entre a população prioritária, as puérperas registraram a maior cobertura vacinal, com 288,6 mil doses aplicadas, o que representa 81,9% deste público, seguido pelos idosos (72,2%), funcionários do sistema prisional (71,3%), indígenas (70,7%) e professores (65,7%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento (24%), população privada de liberdade (32,2%), pessoas com comorbidades (54%), trabalhadores de saúde (60,9%), crianças (61,5%) e gestantes (63,2%).

Mortes ocasionadas pelo vírus
Após novo boletim de monitoramento do influenza, o Maranhão ficou fora da lista de estados que já registraram, em 2019, morte por pessoas infectadas com o vírus. Aponta-se que 535 pessoas foram hospitalizadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o país, com 99 óbitos já registrados. Do total de mortes por influenza, 88 (90%) foram em pessoas que apresentam fatores de risco como idosos, pessoas com doença crônica, crianças, gestantes, indígenas e puérperas.

Nos primeiros meses do ano, a circulação de vírus influenza se deu com maior intensidade e de forma localizada no estado do Amazonas, com 139 casos e 35 óbitos. O estado de São Paulo também se destaca, com 107 casos e 7 óbitos. Outros estados registraram mortes: Paraná (11); Pará (7); Espírito Santo (6); Tocantins (5); Rio Grande do Norte (4); Ceará (3); Rondônia (3); Acre (2); Alagoas (2); Sergipe (2); Rio de Janeiro (2); Santa Catarina (2); Mato Grosso do Sul (2); Amapá (1); Bahia (1); Minas Gerais (1); Rio Grande do Sul (1); Mato Grosso do Sul (1), além do Distrito Federal (1).

Perfil epidemiológico dos óbitos
Até 24 de abril de 2019, foram notificados 748 óbitos por SRAG, o que corresponde a 8,0% do total de casos. Desses, 14,5% foram confirmados para vírus influenza. Dos 89 óbitos que foram subtipados, 71,9% foram por influenza A (H1N1), 11,2% por influenza A (H3N2), 7,9% influenza A não subtipado e 9,0% por influenza B.

Dentre os indivíduos que evoluíram ao óbito por influenza, a média de idade foi de 42 anos, variando de 0 a 92 anos e 88,9% apresentaram ou referiram ao menos um fator de risco, com destaque para adultos mais velhos que 60 anos, cardiopatas, diabetes mellitus e crianças menores 5 anos. Além disso, 76,8% fizeram uso de antiviral, com mediana de 4 dias entre os primeiros sintomas e o início do tratamento, variando de 0 a 28 dias. Recomenda-se iniciar o tratamento preferencialmente nas primeiras 48 horas.

SAIBA MAIS

Campanha Nacional
A vacina produzida para a campanha de 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina, e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87). A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença.

A escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

No ano passado, o grupo prioritário não atingiu a meta de 90% de cobertura. Segundo o Ministério da Saúde, a meta este ano permanece 90% de cada um dos grupos prioritários e a escolha dos grupos que receberão a vacina segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa definição também é baseada em estudos epidemiológicos e no comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe.

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