SÃO LUÍS - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) encaminhou ao Congresso Nacional mensagem governamental com cópia do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) assinado entre o Brasil e os Estados Unidos para o lançamento de foguetes e satélites americanos a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
A proposta de acerto entre os dois países precisa de aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado.
Em recente entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente afirmou que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), apoia o acordo. Segundo Bolsonaro, numa reunião governadores de todo o país, o comunista “falou bem” do acordo Brasil/EUA.
“Esse acordo assinado com os Estados Unidos foi excelente, até o próprio governador do Maranhão, que é do PCdoB, esteve comigo na semana passada, e falou bem desse acordo com os americanos”, declarou.
Já o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, pediu, durante um jantar em São Luís, no mês de abril, apoio da bancada maranhense à aprovação do documento.
Segundo ele, o acordo não trata de aluguel da base aos americanos e haverá “uma mensagem muito ruim para o resto do país” se a própria bancada do Maranhão não apoiar a proposta.
O ministro destacou, ainda, que CLA pode até ser extinto se continuar sem utilização para produção científica e atividades aeroespaciais. A última operação no local, lembrou ele, ocorreu em 2014, quando foi lançado um foguete de treinamento.
“Os Estados Unidos têm uma capacidade tecnológica tão grande – e por isso que a gente fez com eles primeiro esse acordo – que faz com que eles tenham tecnologias de empresas americanas colocadas em 80% dos satélites e foguetes do planeta”, declarou.
Ainda de acordo com Pontes, pelo acordo o Brasil apenas compromete-se a proteger essa tecnologia, em troca da permissão de lançar esse foguetes e satélites de Alcântara.
“Então, o acordo é simplesmente que os Estados Unidos permitem que o Brasil lance quaisquer foguetes e satélites de quaisquer países do planeta que tenham qualquer componente americano embarcado. Em troca, nós protegemos a tecnologia americana. Isso cumpre 80% do mercado. A gente vai atrás dos outros 20% pra aumentar nosso portfólio”, declarou, adiantando que já manteve conversas com os japoneses.
Marcos Pontes acrescentou que, com a aprovação do AST, o Brasil entra num mercado que atualmente movimenta US$ 350 bilhões – com estimativa de crescimento a US$ 1 trilhão até 2040.
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