Editorial

A pressão alta rondando as capitais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

Celebrado este mês, o Dia Mundial da Hipertensão (17 de maio) deixou um alerta aos ludovicenses: pelo menos 15,9% da população é hipertensa em São Luís. Um dado preocupante, já que a doença é silenciosa. Porém, a capital maranhense está entre as com percentual mais baixo da doença, perdendo ainda para Porto Velho (18,0%); Palmas e Boa Vista (18,6%). Os números são da pesquisa do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018) que traz um cenário no país, em especial nas capitais.
As cidades com maior incidência de hipertensos são Rio de Janeiro (31,2%), Maceió (27,1%), João Pessoa (26,6%) e Vitória (25,2%). Para reverter essa realidade preocupante, o Ministério da Saúde novamente reforça o alerta: a prevenção contra a hipertensão, popularmente conhecida como “pressão alta”. A doença está diretamente relacionada a hábitos de vida saudável, isto é, grande parte dessas mortes é evitável.
No país, vale destacar que, no ano de 2018, 24,7% da população que vive nas capitais brasileiras afirmaram ter diagnóstico de hipertensão. O levantamento também aponta que a parcela mais afetada é de idosos. O resultado é que 60,9% dos entrevistados com idade acima de 65 anos afirmaram ser hipertensos. A afirmação também foi feita por 49,5% de entrevistados na faixa etária de 45 a 54 anos.
As pessoas com menor escolaridade também são as mais afetadas. Do público com menos de oito anos de estudo, 42,5% disse sofrer com a doença; dos com 9 a 11 de estudo, 19,4%; e 12 ou mais, 14,2%. Esta edição da pesquisa foi realizada por telefone com 52.395 pessoas maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro do ano passado.
Os números preliminares do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, também mostram que, em 2017, o Brasil registrou 141.878 mortes devido a hipertensão ou a causas relacionadas a ela. É uma realidade preocupante. Fazendo a conta, constata-se que todos os dias 388,7 pessoas se tornam vítimas fatais da doença, o que significa 16,2 óbitos a cada hora. Grande parte dessas mortes é evitável e 37% dessas mortes são precoces, ou seja, em pessoas com menos de 70 anos de idade.
É bom destacar que a hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Acontece quando os valores máximo e mínimo são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9), fazendo com que o coração exerça um esforço maior do que o normal para fazer a distribuição do sangue no corpo.
Um alerta: a doença é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. A prevenção está ligada a uma dieta equilibrada e a realização de atividades físicas.
A redução do consumo de sódio (principal componente do sal) é um fator preponderante para ficar livre dessa doença, já que seu consumo excessivo aumenta o risco de risco de hipertensão e outras doenças do coração. Além desses, muitos outros hábitos saudáveis ajudam na prevenção, como a alimentação saudável e a prática de exercícios.

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