Juliana Lopez, universitária, atriz e cosplayer

Criatividade, imaginação e perfeccionismo

A embaixadora do festival On Pix é uma apaixonada pelo universo cosplay e na internet faz sucesso com as representações de personagens diversos

Evandro Jr. / O Estado do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Juliana Lopez, cosplayer da Mulher Maravilha
Juliana Lopez, cosplayer da Mulher Maravilha

SÃO LUÍS - Formanda em Nutrição, ela tem 21 anos, é bonita e criativa. Não por acaso a maranhense Juliana Lopez foi escolhida pela produção do festival On Pix para ser a embaixadora oficial do evento, confirmado para o sábado, 25 deste mês, a partir das 9h, no Centro de Convenções Gov. Pedro Neiva de Santana (Cohafuma), com assinatura do Grupo Mirante, em parceria com o site Volts. Juliana é uma das mais destacadas cosplayers maranhenses, seguida por quase 60 mil fãs no Instagram. Em seu canal no Twith TV, já contabiliza mais de mil inscritos.

Apaixonada por personagens da televisão, do cinema, dos quadrinhos e dos jogos virtuais, Juliana Lopez começou a homenageá-los em 2017, seguindo a tendência mundial dos aficionados pelos personagens de mangá (quadrinhos) e animê (desenho animado). Ela deu a partida na mesma época em que o Brasil chegava a um número em torno de 14 mil cosplayers. O primeiro traje usado foi o de Mulher Maravilha, que rendeu inúmeros elogios à universitária. Mas a lista de representações é grande e inclui Ravena, Zatanna, Saori Kido (Deusa Athena), Bela, Mary Jane, Viúva Negra, Elza (“Frozen”), Ino (Naruto), Deadpool, Mortícia Addams, Lara Croft e Elektra, entre outros.

Minuciosa, caprichosa e dedicada às produções, na maioria das vezes é ela quem produz seus próprios figurinos, ou incumbe o desafio a algum cosmaker (profissional ligado ao universo cosplay). O figurino geralmente inclui vários tecidos, perucas, lentes de contato e acessórios importados. “O traje da Mulher Maravilha foi confeccionado em Fortaleza, por uma cosmaker que descobri no Ceará. E esse foi o ponto de partida para que eu não parasse mais de investir em meus personagens favoritos”, conta.

O traje da Mulher Maravilha foi confeccionado em Fortaleza, por uma cosmaker que descobri. E esse foi o ponto de partida para que eu não parasse mais de investir em meus personagens favoritos”

Ser cosplayer é uma satisfação e um hobby para Juliana Lopez. O apoio da família é um inventivo a mais para que a imaginação dela viaje cada vez mais alto. A cosplayer, que é também artista plástica e atriz, já se produziu 24 vezes e o resultado do trabalho pode ser conferido em sua página do Instagram (@julianalopez). O traje que ela usará no evento, no entanto, só será revelado na hora. “Ainda estou analisando, mas será algo bem legal”, antecipa.

Inevitável
O entusiasmo, a dedicação, o perfeccionismo e o carinho nutrido pela maranhense em relação ao universo cosplay chamaram a atenção da produção do On Pix e o convite foi inevitável. Lucas Vieira, um dos integrantes da organização, diz que o papel dela será fundamental e de vitrine do evento. Ele resume que a feira contará com atrações no palco principal, estandes, espaços temáticos e competições de cosplayers, de dança, talentos maranhenses ligados à área do entretenimento, como ilustradores, cantores, desenvolvedores de jogos, e por aí vai.

Juliana Lopez estará na linha de frente, distribuindo beleza e simpatia. O festival celebrará a cultura pop no Maranhão e ela será um incentivo para que outros jovens embarquem na fantasia da representação de personagens a caráter. No Brasil, aliás, o fenômeno cosplay virou febre. A arte de se transformar em um personagem utilizando maquiagem, interpretação, vestuário e demais técnicas exigidas pelo alter ego do artista ou do personagem interpretado ganhou adeptos principalmente entre os mais jovens, como a maranhense. Os cosplayers, acima de tudo, são artistas completos da sociedade contemporânea. A febre é tanta que já existem lojas especializadas em criar e vender trajes, embora isto seja algo que a “ética” do grupo condene.

A mania que começou no Japão rapidamente espalhou-se pelo mundo, principalmente por países como Estados Unidos, França, Itália e Alemanha. No Brasil, começou sem barulho, em 1997, durante um encontro da Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, em São Paulo, cidade onde Juliana Lopez já esteve, para participar da feira Comic Con Experience, evento brasileiro de cultura pop nos moldes da San Diego Comic-Con, cobrindo as principais áreas dessa indústria.

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