COLUNA

E a gestão?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

As eleições de 2018 foram marcadas com promessas de mudanças de posturas dos políticos. O discurso de fim de corrupção para o crescimento do Brasil também foi uma marca no pleito passado. E isso não somente na disputa nacional. No Maranhão, os candidatos também encamparam as promessas de dias melhores dentro da lógica do “novo jeito de fazer política”.
Entretanto, os dados do IBGE sobre o emprego e desemprego demonstram que as expectativas por dias melhores ainda não chegaram a outro patamar.
No Maranhão, a realidade parece ser mais dura que no restante do Brasil. É daqui o percentual menor sobre o número de empregados com carteira assinada. Pouco mais de 50% dos trabalhadores estão em um emprego formal. A outra metade que trabalha vive na informalidade.
Além dessa quantidade de trabalhadores que buscam a sobrevivência na informalidade, o Maranhão tem outra marca que é desanimadora: a quantidade dos desalentados (que são desempregados que desistiram de procurar emprego) é superior a 560 mil.
Claro que esses números não são reflexos somente da política local. A economia nacional vai mal e isto se reflete em todo o país.
O momento é de reflexão para todos. E que os políticos pensem mais na gestão do que na disputa política por espaços de poder em busca de projetos (maioria pessoal) de alcançar voos mais altos.
É preciso fazer diferente e tirar o Maranhão das colocações nacionais vexatórias e humilhantes para a população.

2022
Comandando o governo estadual, o deputado Othelino Neto disse à coluna que não sabe qual será o cargo que disputará em 2022, mas sabe que será na chapa majoritária.
Esta afirmação reforça as especulações de que Othelino vai tentar a única vaga para o Senado pelo grupo do governador Flávio Dino.
Claro que isso somente deverá acontecer se o próprio governador não entrar para a disputa e se voltar, realmente, para a sua candidatura à Presidência da República.

Conversas
O fim de semana promete ser de muitas reuniões entre os vereadores de São Luís. Motivo: a formação das comissões permanentes da Câmara Municipal de São Luís.
Em tese, as composições das 12 comissões já está feita. Na segunda-feira, 19, serão escolhidos somente os presidentes.
No entanto, o descontentamento de boa parte do Legislativo municipal fez com que a possibilidades de mudanças nos membros das comissões voltassem.

CCJ
Além da formação de cada comissão, os vereadores estão incomodados com a vontade do líder do prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), Pavão Filho (PDT), de ser o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Para os vereadores, é inadmissível a CCJ ser presidida pelo líder do governo municipal.
Por mais que não tenha hoje um entendimento legal, o fato é que Pavão Filho presidente da CCJ parece deixar a Câmara uma extensão do Palácio de La Ravadiére.

Sem comentários
O deputado federal Eduardo Braide (PMN) não fez qualquer comentário a respeito de pesquisa do Instituto Escutec que o coloca como o primeiro colocado para a disputa pela Prefeitura de São Luís.
O que parece é que Braide prefere não surfar na onda de que ele tenha a preferência do eleitorado, pelo menos por enquanto.
O deputado prefere se voltar aos assuntos relacionados a sua atuação na Câmara dos Deputados.

Defesa
O senador Roberto Rocha (PSDB) parece ser o único entre os parlamentares maranhenses que defende o contingenciamento da verba da Educação anunciado pelo governo Jair Bolsonaro.
Segundo Rocha, todos os gestores fazem esse tipo de ação, já que corte no orçamento da Educação é inconstitucional.
“Orçamento da Educação é constitucional. Presidente, governadores e prefeitos que queiram fazer (cortes), não conseguem. O que todos fazem é contingenciamento”, disse o senador.

Conseguiu
Demorou, mas o senador Weverton Rocha (PDT) conseguiu o que queria: trazer para a Justiça estadual o seu processo do caso do Ginásio Costa Rodrigues, no qual ele é acusado de fraude em licitação e peculato.
Foi o Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a emissão da ação à Justiça de segundo grau.
Pelo entendimento dos ministros, as supostas fraudes ocorreram quando Weverton era secretário estadual de Esportes.

DE OLHO

R$ 9 milhões foi o corte que a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) sofreu em 2017. Valores foram direcionados, na época, à Caema, TCE e para o São João.

E MAIS

• Ao contrário do que foi dito na coluna na edição da quinta-feira, 16, a informação sobre a saída do governador Flávio Dino do PCdoB foi dada pelo Antagonista.

• O governador em exercício, Othelino Neto (PCdoB), não quis passar em branco durante os dois dias em que fica no comando do Maranhão.

• O comunista sancionou leis que contemplam o Ministério Público e o Tribunal de Justiça e fez ainda vistoria em obras no interior do estado.

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