Operações

Trafico de droga e golpe contra o INSS na rota da Polícia Federa

A operação MD, de combate o tráfico de droga, se concentrou na capital, enquanto a outra ocorreu em Pedreiras e Bacabal contra falsificadores da Previdência Social

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

SÃO LUÍS - Duas operações foram realizadas ontem no Maranhão pela Polícia Federal (PF). Uma delas foi a segunda fase da operação “MD”, que visa combater o tráfico de droga por meio de malotes dos Correios. O foco foi a capital maranhense, onde cinco mandados de prisão e quatro de busca e apreensão foram cumpridos.

A PF informou que os detidos, nomes não divulgados, foram levados para a sede da PF, na Cohama, e vão responder pelos crimes de tráfico de droga e associação criminosa.

Ainda segundo a PF, o grupo traficava ecstasy, LSD, cocaína, skunk e maconha, provenientes do Rio de Janeiro, Pernambuco e Mato do Grosso do Sul. O material era comercializado “especialmente”, em eventos de música eletrônica na Ilha.

A primeira etapa dessa operação foi realizada no dia 16 do mês passado na Grande Ilha e em Teresina, quando foram cumpridos 11 mandados judiciais. Em São Luís, quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão em residências nos bairros do Cohatrac V, Cohatrac IV, Quintas do Calhau e Vinhais. Três pessoas foram presas em flagrante por porte de drogas sintéticas e anabolizantes e uma por porte de cocaína.

Durante a operação, a polícia apreendeu, também, uma grande quantia em dinheiro com os suspeitos, várias porções de LSD e ecstasy e um veículo. A operação foi batizada de “MD” em alusão às letras das iniciais da substância metileno-dióxido, que compõe o ecstasy.

Grande Família

A outra operação da Polícia Federal, denominada a Grande Família, tinha o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudar a Previdência. Este grupo era chefiado por irmãos, esposas, mãe e padastro, e contava com a participação de funcionários do INSS de Teresina, no Piauí.

A PF informou que a operação tinha o propósito de cumprir 21 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão nas cidades de Pedreiras, Bacabal, no Maranhão, e no Piauí, principalmente na capital.

O delegado da PF, Lucimar Sobral Neto, declarou que os criminosos conseguiam identificar os beneficiários do INSS falecidos no Maranhão e em seguida obtinham documentos falsos e transferiam os benefícios para o Piauí, por meio de servidores da Previdência. Esse esquema criminoso vem sendo realizado há cinco anos e foram constatados 638 benefícios.

Lucimar Sobral Neto informou, também, que o golpe rendeu um prejuízo de R$ 26 milhões ao cofre da União. Caso continuasse a fraude, o prejuízo, em breve, chegaria a R$ 80 milhões. Os acusados vão responder pelos crimes associação criminosa, estelionato qualificado, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa.

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