COLUNA

Perdendo espaço

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

O deputado estadual Duarte Júnior (PCdoB) não está em seus melhores momentos neste primeiro semestre do seu primeiro mandato. O comunista levou mais uma “queda”, que aparentemente demonstra que ele já não goza da confiança do governador Flávio Dino (PCdoB).
Dino vetou três artigos da “lei dos canudos”, que tem como coautor Duarte Júnior. Ele apresentou proposta após o colega de partido, o deputado Adelmo Soares (PCdoB), tê-lo feito primeiro.
Pelo veto, a “lei dos canudos” se torna sem efetividade porque não prevê qualquer tipo de sanção para quem utilizar o canudo de plástico e não o biodegradável, como prevê a proposta.
Para os membros da base governista, Duarte Júnior vem perdendo espaço dentro da base do governador, que, pressionado por aliados, não quer mais conceder o espaço dado anteriormente para o ex-presidente do Procon.
Antes da “lei dos canudos”, Duarte Júnior já havia perdido o Procon, quando o governador decidiu retirar a indicação do parlamentar (sua namorada Karen Barros) da presidência do órgão.
Resta saber se Duarte vai conseguir perceber os espaços que vem perdendo e vai mudar sua postura em relação aos aliados.

Quente
O clima na Câmara Municipal de São Luís esquentou durante o anúncio dos membros das comissões permanentes da Casa.
As indicações são de competência do presidente do Legislativo, Osmar Filho (PDT), e algumas escolhas do vereador não agradaram colegas de parlamento.
Segundo Osmar Filho, ele conversou com todos os vereadores, que fizeram suas indicações para as 12 comissões da Casa.

Mal dividido?
O problema é que na hora de dividir os vereadores, segundo membros da oposição, aliados do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) ficaram com as comissões consideradas mais importantes.
As comissões de Constituição e Justiça e a de Mobilidade Urbana, por exemplo, tem como membro o líder de Edivaldo Júnior na Casa, vereador Pavão Filho (PDT).
O líder da Prefeitura é visto como quem realmente fez as divisões dos membros das comissões.

Equívoco
O presidente da Câmara de São Luís, Osmar Filho (PDT), definiu como equívoco a medida tomada por Astro de Ogum (PR) e Chico Carvalho (PSL).
Os dois vereadores retiraram ontem, no fim da manhã, seus nomes de comissões permanentes da Casa, tanto nas que estavam como titulares quanto nas que estavam como suplentes.
Mesmo discordando da medida, o pedetista afirmou que “é um direito deles em não querer participar”.

Governadores
O Maranhão volta a ter três governadores em cerca de uma semana. Dessa vez, o Estado está sob o comando do presidente da Assembleia,
Othelino Neto (PCdoB), até o fim de semana.
Isto porque Flávio Dino se ausentou do país e o vice, Carlos Brandão (PRB), não assumiu também por motivo de viagem. Ele voltará para o estado somente no fim de semana, quando assumirá o governo.
Essa situação não é novidade. Em 2012, quando Roseana Sarney era governadora, assumiu o comando do estado o vice-presidente da Assembleia, Marcos Caldas, depois de várias abdicações na linha sucessória.

Decisão
O ex-secretário de Saúde Ricardo Murad (PRP) está com suas condições político-eleitorais restabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A declaração de inelegibilidade (relacionada às eleições de 2012), que estava vigorando e prejudicou Murad no pleito de 2018, foi anulada pelo ministro Luiz Barroso.
Com isso, o ex-secretário tem todas as condições para entrar na disputa eleitoral de 2020.

Informação
Informação publicada no blog O Informante sobre uma eventual saída do governador Flávio Dino do PCdoB não é novidade na política do Maranhão.
Com o projeto político de chegar a presidente do Brasil, Dino sabe que precisa de um partido mais forte nacionalmente para tentar viabilizar sua candidatura em 2022.
Segundo o Informante, PDT e PSB são possíveis destinos partidários do governador, que tenta ser a nova liderança de esquerda do Brasil.

DE OLHO

R$ 8,6 milhões é o valor mensal estimado que receberão 23 municípios do Maranhão que são cortados pela Estrada de Ferro Carajás.

E MAIS

• A reitora da Universidade Federal do Maranhão, Nair Portela, concede hoje entrevista coletiva para esclarecer sobre os cortes no orçamento e as dificuldades que a instituição vem passando.

• Pavão Filho é visto como o vereador que vem dando as cartas na Câmara Municipal de São Luís.

• O problema é que Pavão tem se precipitado em alguns direcionamentos. A proposta, que levou a um pedido de impeachment do prefeito Edivaldo Júnior, foi votada sem qualquer parecer de comissões por uma imposição do pedetista, que pediu urgência e pressionou a base governista a aceitar.

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