Linha sucessória

MA terá três governadores em menos de uma semana

Flávio Dino se ausentou, deixando o comando do estado nas mãos do presidente da Assembleia, Othelino Neto, e depois do vice-governador, Carlos Brandão

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Primeiro assume Othelino; no fim de semana, será a vez de Brandão
Primeiro assume Othelino; no fim de semana, será a vez de Brandão (governadores)

SÃO LUÍS - Uma viagem do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), à Inglaterra promoverá uma situação inusitada nos próximos dias: em menos de uma semana, o Estado será comandado por três governadores diferentes.

O comunista deixou o Brasil on­tem, rumo a Londres, onde debaterá Segurança Pública na London School of Economics and Political Science durante o Brazil Forum UK 2019. Em tese, assumiria o posto de chefe do Executivo estadual o vice-governador, Carlos Brandão (PRB), que está fora do Maranhão. Segundo sua assessoria, trata de “assuntos particulares”.

Como ele só retorna no sábado, 18, até lá quem assume o comando é o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB). Depois disso, o próprio Brandão fica no exercício do cargo, até o retorno de Dino ao país.

Troca-troca

Situação parecida com a de 2019 foi registrada no Maranhão há pouco mais de sete anos. Mas com contornos mais inusitados.
Em abril de 2012, faltando aproximadamente seis meses para as eleições municipais daquele ano, portanto, a então governadora Roseana Sarney (MDB) viajou aos Estados Unidos integrando a comitiva da ex-presidente Dilma Rous­seff (PT). O vice-governador de então, Washington Oliveira (PT) - hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) - assumiu normalmente, mas, como seria candidato a prefeito de São Luís, precisou deixar o cargo, para não se tornar inelegível, já que a partir de 6 de abril daquele ano qualquer um que quisesse candidatar-se a mandato eletivo deveria deixar cargos no

Executivo

O petista articulou, então, uma viagem oficial à Argentina e passou o comando do estado à Assembleia Legislativa, então comandada pelo deputado Arnaldo Melo (MDB).

Ocorre que uma das filhas do emedebista, Nina Melo (MDB), seria candidata a prefeita de Colinas naquele ano. E Arnaldo, então, abdicou de assumir. Assim, a linha sucessória levava o exercício do cargo de governador ao então presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Guerreiro Júnior, cuja esposa seria candidata em Guimarães.

Por conta de todos esses impedimentos, acabou assumindo o governo o então primeiro vice-presidente da Assembleia, Marcos Caldas, que ficou no cargo por 10 dias.

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