COLUNA

Momento de ação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

Os deputados da oposição reclamam da falta de respostas objetivas do governo estadual a respeito do Fundo de Aposentadorias de Pensionistas e Aposentados (Fepa) do Maranhão. De uma reunião que demorou a acontecer e nem teve a participação de membros do Instituto de Previdência Estadual (Iprev), o que se teve certeza é de que não há mais reservas no Fepa. Situação preocupante.
E independentemente de perguntas - como o que foi feito com a reserva de mais de R$ 1 bilhão que existia até 2014 ou quais os alugueis de imóveis do Fepa vêm ajudando para compor o fundo e assim a pagar a folha de inativos -, os deputados (todos: tanto governistas quanto oposição) precisam cobrar ações de fato para evitar problemas em um futuro próximo.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) já anunciou que até o mês de outubro deste ano a gestão estadual ficará sem verba para pagar a folha de pensionistas e aposentados.
Por enquanto, não há movimentos maiores que demonstrem que a situação receberá atenção especial da gestão pública e nem que está sendo acompanhada pela maioria dos deputados estaduais, responsáveis por fiscalizar as ações do Poder Executivo.
O momento é grave e os jogos políticos de governistas e oposição devem ser deixados de lado por um bem maior que não se resume somente aos inativos de agora, mas também aos futuros aposentados que estão religiosamente contribuindo com o Fepa para, quando chegar o momento, usufruir de uma aposentadoria.

Sem transparência
Governistas já haviam declarado que o Palácio dos Leões aguarda as definições nacionais sobre o sistema previdenciário para depois organizar uma possível reforma no Maranhão.
Como ação do governo, por enquanto, está previsto somente a alienação de imóveis que pertencem ao Fepa. No entanto, esta previsão não tem a transparência necessária.
Na reunião com os deputados, o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, e o secretário de Comunicação, Rodrigo Lago, não souberam ou não quiseram falar a respeito dos aluguéis dos imóveis do fundo.

Possibilidade quase zero
O pedido de impeachment do prefeito Edivaldo Júnior (PDT), impetrado na última segunda-feira, 13, na Câmara, não deve ser aceito pela Mesa Diretora da Casa.
A possibilidade de o presidente Osmar Filho (PDT) aceitar o pedido feito pelo advogado Pedro Michel Serejo é quase zero.
E mesmo se fosse aceito pela mesa, como no Legislativo o julgamento é político, não há qualquer possibilidade de um impedido de Edivaldo Júnior acontecer na Câmara Municipal de São Luís.

Pesquisa I
Uma pesquisa do Instituto Escutec movimentou o cenário político de São Luís ontem. Os dados revelam que os nomes considerados de posição representam maioria na pesquisa de intenção de votos.
O deputado Eduardo Braide (PMN) lidera a corrida pelo comando da capital.
O deputado Wellington do Curso (PSDB) e Adriano Sarney (PV) complementam o quadro de oposição.

Pesquisa II
Braide, Wellington e Adriano, juntos, pela pesquisa, somam mais de 65% da opinião dos entrevistados.
Claro que ainda é cedo para um levantamento como este refletir a realidade, mas já aponta um caminho que os pretendentes a prefeito de São Luís deverão seguir.
E pelos dados do levantamento da Escutec, a estratégia traçada pelo governo - de ter vários candidatos - pode se concretizar.

Aprovação
Como previsto, a Assembleia Legislativa aprovou, definitivamente, o pedido de autorização do governo estadual para contrair empréstimo de R$ 623 milhões.
Votaram contra Adriano Sarney e César Pires (ambos do PV), assim como fizeram no primeiro turno.
Adriano Sarney, diante da aprovação do empréstimo, se diz preocupado com uma possível suspensão do pagamento mensal de precatórios acertados com a Justiça.

Repercussão
A agenda do militante político Guilherme Boulos (PSOL) no Maranhão, que participou de protestos contra o Governo Federal, repercutiu entre a classe política maranhense.
Recebido no Palácio dos Leões, o pesolista foi severamente criticado pelo deputado estadual Adriano Sarney (PV).
“O mínimo que uma pessoa em sã consciência pode sentir por este tipo de pessoa é indignação. Guilherme Boulos representa o mais vil e delinquente modo de fazer política nesse país”, disse o deputado.

DE OLHO

8,6 mil hectares é o tamanho do território da zona rural de São Luís que será transformado em zona urbana segundo o novo Plano Diretor da capital.

E MAIS

• O empresário João Amoedo, do partido Novo, vai desembarcar em São Luís no próximo mês, dia 4.

• Ele vem em busca de ampliar os quadros do partido para que a legenda consiga disputar as eleições de 2020.

• Na Câmara Municipal de São Luís, há um movimento crescente de vereadores que se articulam para pressionar o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) em matérias de interesse do pedetista na Casa.

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