Ainda indefinidos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

O governo de Jair Bolsonaro (PSL) já entrou no seu quinto mês e ainda permanecem incógnitos os nomes que ocuparão os cargos federais no Maranhão. A bancada do estado em Brasília já fez vários movimentos em busca dos espaços nos órgãos federais. A promessa do Palácio do Planalto era de que no início deste mês tudo estaria resolvido.
Mas ainda não está. As conversas continuam acontecendo, e a disputa dos maranhenses em Brasília está se acirrando. Por enquanto, o certo é que somente os deputados assumidamente oposição a Bolsonaro não são cogitados. Exemplos são Márcio Jerry do PCdoB, o pedetista Gil Cutrim e Bira do Pindaré (PSB).
No entanto, há movimentos constantes dos deputados assumidamente governistas como Aluisio Mendes (Pode) e Edilázio Júnior (PSD) para evitar que parlamentares de “dupla face” - os que apoiam o governo do Maranhão e que é governista em Brasília - consigam os espaços. Entre os deputados de jogo duplo estão Pedro Lucas Fernandes (PTB), André Fufuca (PP) e Juscelino Filho (DEM).
Somente parece mais confortável o senador Roberto Rocha (PSDB), que já tem duas indicações em diretorias de cargos federais: um na Codevasf e outro na Funasa, e elas serão mantidas. Com isto, o tucano conseguiu ainda espaço para buscar mais um cargo - já que goza da confiança do presidente da República - que deverá destinar à ex-prefeita Maura Jorge (PSL).
O fato é que, fora os cargos já de Roberto Rocha, os demais ainda estão no campo da especulação. Alguns mais costurados do que outros, mas sem qualquer resposta concreta do Palácio do Planalto.

Os cobiçados
Enquanto não sai qualquer definição sobre cargos federais, se mantém nos cargos nomes indicados no governo dos ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Os espaços mais cobiçados são os das superintendências do Dnit, do Iphan, além da Codevasf e da Funasa.
A Embratur também é um dos espaços cobiçados. Esta vaga chegou a ser especulada para ser ocupada por Maura Jorge. No entanto, de forma surpreendente, disse que não aceita!

Sem “rastro de verdade”
O Ministério Público Estadual emitiu nota de esclarecimentos diante das acusações do prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra (PCdoB).
Segundo o órgão, a promotora Gabriela Tavernard agiu dentro da legalidade em todas as suas investigações contra o município de Paço do Lumiar.
Diante disto, o MP diz não haver “rastro de verdade” nas acusações de Domingos Dutra, que foram feitas em nota de repúdio divulgada pelo prefeito após operação do Gaeco para busca e apreensão em sua residência.

Estranho
Ainda sobre Paço do Lumiar, os moradores da cidade estão considerando estranho o silêncio dos 16 vereadores.
Mesmo depois de, pelo menos, sete ações por improbidade administrativa e uma ação do Gaeco, nenhum parlamentar do município chegou a se pronunciar a respeito.
Será que o prefeito Domingos Dutra conseguiu apoio unânime da Câmara Municipal de Paço? Ou será que os vereadores é que estão deixando de lado suas funções de fiscalizar o Executivo?

Denúncias
Denúncias de grupos de cultura estão sendo feitas em relação a administração de Eudes Sampaio (PTB) em São José de Ribamar.
O prefeito já fez as contratações para o período junino, no entanto, não publicou edital publicizando o período de contratação.
Aos membros de grupos culturais da cidade que ficaram de fora da lista de contratados, Sampaio tem dito que teve que atender demandas da gestão que terminou há cerca de dois meses.

Sem margem
O deputado César Pires (PV) ainda tenta evitar que o pedido de empréstimo de R$ 623 milhões feito pelo governo estadual seja aprovado em segundo turno na Assembleia Legislativa.
O parlamentar tenta convencer os colegas de que não há linha de crédito para o Maranhão e que os deputados estão, na verdade, assinando cheque em branco para o Palácio dos Leões.
Além disto, para Pires, o governo tenta ganhar tempo com a proposta criando a ilusão de que os precatórios já vencidos serão pagos.

Comissão
O vereador Marquinhos Silva (DEM) quer a criação de uma comissão especial para acompanhar a política de resíduos sólidos de São Luís.
Segundo o parlamentar, é preciso que a gestão municipal esclareça o contrato com a empresa responsável pela limpeza da cidade e ainda buscar informações sobre as ações para terminar com o acúmulo de lixos nos bairros da capital.
O parlamentar garante que o problema é “democrático” em São Luís, já que há acúmulo de lixos em bairros mais pobres e também nos considerados nobres.

DE OLHO

R$ 15 bilhões é o valor que o governador Flávio Dino diz que a União deve ao estado do Maranhão.

E MAIS

• O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai divulgar no próximo dia 24 a relação dos títulos eleitorais cancelados em todo o Brasil.

• No Maranhão, havia mais de 60 mil títulos de eleitores que não votaram nas últimas três eleições.

• Nos últimos anos, esta quantidade não tem diminuído, não somente pela falta de regularização do eleitor, mas também devido ao recadastramento biométrico, que vem eliminando duplicidade de domicílio eleitoral no Maranhão.

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