BRASÍLIA - Deputados da bancada evangélica e da oposição procuraram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir os termos do decreto de armas anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira.
Diante da ameaça de derrubada do decreto, Maia negocia com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, uma redução do texto do decreto de armas nos trechos considerados inconstitucionais pelos técnicos da Câmara. A análise dos técnicos ainda está sendo finalizada.
Nas palavras de um líder partidário, se o governo não aceitar reduzir o texto, será derrotado – ou com a derrubada do decreto no plenário ou pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Deputados ouvidos pelo blog cobram também, de forma reservada, um posicionamento do ministro da Justiça, Sergio Moro sobre o decreto. Lembram que ajudaram o governo ao não recriar o ministério da Segurança Pública para não esvaziar o Ministério da Justiça.
Mas se queixam de que o ministro não critica o decreto nos pontos inconstitucionais.
Coaf
Sobre a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia, integrantes da equipe econômica ouvidos pelo blog afirmam que a pasta não se envolveu politicamente no debate – mas que o retorno do órgão ao ministério não representa “nenhum retrocesso”.
“Até porque Paulo Guedes é um ministro tão integro quanto Moro”, diz um auxiliar de Guedes.
Entre parlamentares, o discurso é o de que a Câmara é soberana para decidir mudanças – e que o governo sabia da intenção dos parlamentares há algumas semanas.
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