Editorial

O comércio e o Dia das Mães

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

O Dia das Mães é uma das datas mais aguardadas pelo comércio. O motivo, claro, é que todos têm alguém para afagar com um mimo, seja ele caro ou não. E este ano não está sendo diferente: as estratégias estão no mercado e as promoções estampadas nas vitrines das lojas.

E os preparativos não são à toa. Ao que tudo indica mais uma vez o próximo Dia das Mães (domingo, 12 de maio) será bom para o comércio. Segundo dados de levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas para a data deve registrar aumento de 3,8% em relação ao ano passado.

Se confirmadas estas previsões, este será o terceiro ano consecutivo de aumento real das vendas da data. O levantamento da CNC aponta ainda que a data deve registrar movimentação financeira de R$ 9,7 bilhões em 2019, nível equivalente ao volume de vendas verificado em 2014 - que alcançou patamar de R$ 9,6 bilhões.

Quanto aos produtos que devem ser os mais procurados por conta do preço bom, há muitas novidades. De acordo com o levantamento, os segmentos de perfumaria e cosméticos (+11,1%), além das lojas de vestuário, calçados e acessórios (+10,1%), devem se destacar positivamente nas vendas para o Dia das Mães.

Do outro lado, entre os itens que devem ter baixa procura, tudo segue as tendências dos últimos anos. As vendas no setor de livrarias e papelarias - ramo que vem perdendo participação no varejo há anos - deverão ter uma perda média de 21,0% ante o mesmo período do ano passado.

Assim, maquiagens e bolsas podem ser artigos mais procurados por quem quer presentear, isso por causa do preço. É que segundo o estudo da CNC, dos 19 itens que compõem a cesta de bens e serviços avaliados, sete encontram-se mais baratos do que há um ano, com destaque para as variações observadas nos preços dos artigos de maquiagem (-6,3%), tênis (-2,7%) e bolsas (-2,2%). Por outro lado, três dos 19 itens acusam variação de preços acima da inflação: livros (+8,8%), cinema (+8,7%) e eletrodomésticos (+8,3%).

O motivo para prognóstico tão positivo, isto é, para o terceiro aumento consecutivo do faturamento real do varejo no país no Dia das Mães, está no comportamento dos preços. Os repasses de preços acima da taxa de inflação ao consumidor não têm sido tão grandes porque o mercado ainda vive sob a fragilidade do processo de recuperação da crise econômica. Para completar ainda há a alta da moeda americana, que variou 7% nos últimos 12 meses.

Os dados positivos para o comércio varejista brasileiro neste Dia das Mães indicam que o consumidor ainda tem confiança na economia do país.

Vale destacar outro ponto positivo: a contratação temporária deverá ser a maior em quatro anos. Claro, porque se vai vender também vai precisar de gente para realizar essas vendas. Assim, a data deve gerar algo em torno de 22,1 mil vagas, com salário médio de admissão de R$ 1.262,00.

O ponto mais positivo de todos, porém, é que uma data como o Dia das Mães faz a economia do país girar, gerando emprego e renda. De lembrancinha em lembrancinha, o mercado ganha fôlego e o brasileiro motivos para celebrar a data ainda com mais dedicação.

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