Empreendedorismo

Produtores maranhenses se unem para vender mel em grande escala

Com o apoio da Vale, a Casa do Mel e a Coquemel podem ser as primeiras cooperativas certificadas no estado; grande parte do mel vendido no Maranhão vem de outros estados do Nordeste

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

[e-s001]Produtores artesanais das cooperativas maranhenses Casa do Mel, em Bacabeira, e Coquemel, na zona rural de São Luís, já começam a vislumbrar um novo rumo para a comercialização do mel produzido por eles de maneira artesanal. É que, com o apoio da Vale, essas associações estão na reta final para obter a certificação estadual que permitirá a venda do produto no comércio local, cumprindo os padrões sanitários exigidos para a venda em grande escala. O Sebrae foi o parceiro técnico da Vale na iniciativa.

Os projetos recebem apoio da Vale há dois anos, com investimentos em infraestrutura, equipamentos, capacitação técnica e no desenvolvimento da cadeia produtiva. Com o cumprimento das últimas exigências, a expectativa é que as associações recebam a certificação ainda neste se­mestre, a primeira a ser emitida no estado para este tipo de produto. Hoje, a produção das cooperativas e associações é feita de maneira informal, e a venda acontece apenas nas sedes e feiras próximas, o que reduz as chances de crescimento do negócio.

Vocação
O gerente de Sustentabilidade da Vale, Daniel Florenzano, conta que o trabalho começou em 2016, quan­do a empresa fez um diagnóstico para identificar a vocação econômica da comunidade de Coqueiro, vizinha à Estrada de Ferro Carajás, zona rural de São Luís.

“A Vale fez um diagnóstico para identificar a vocação econômica da comunidade de Coqueiro, vizinha à Estrada de Ferro Carajás, na zona rural de São Luís e nessa mesma época, acompanhava a Casa do Mel, na comunidade de Zé Pedro, em Bacabeira, que estava em um estágio mais avançado e lutava para obter a certificação. Vimos que havia sinergia entre as vocações e começamos a apoiar a articulação entre eles e a estruturação da cadeia do mel. Dois anos depois, vimos que deu certo e renderá frutos. Agora, eles devem caminhar juntos e estarão mais fortes”, afirmou Florenzano.

O presidente da Coquemel, Juarez Neves, revela que nunca imaginou trabalhar como apicultor, mas durante todo o processo e, com o apoio que recebeu, foi percebendo que era possível sim ter uma renda a partir do mel. “Já são mais de 60 famílias vivendo disso aqui, na comunidade. A parceria com a Casa do Mel será muito importante. É lá que nossa produção será padronizada e poderá ganhar o mercado. Estamos juntos neste sonho”, disse Juarez Moreira Ne­ves, presidente da Coquemel.

[e-s001]A Casa do Mel, em Bacabeira, já recebeu a visita dos técnicos da Secretaria de Agricultura Pecuária e Pesca (Sagrima) como parte do processo de certificação. O estabelecimento receberá o mel de outros produtores da região, incluindo a Coquemel, e fará o processamento nos padrões exigidos. De lá, o produto poderá ganhar as prateleiras dos supermercados e lojas do estado.

"Estamos prontos para seguir em frente. Em junho, com o início do verão, a volta da produção de mel por parte das abelhas e o selo emitido, daremos início a uma fase dessa história, podendo ir ainda mais longe", afirmou confiante Claudionor D’Eça, da Casa do Mel.

RAIO X

Coquemel - Comunidade de Coqueiro, em São Luis.
13 apicultores associados.
Apoio da Vale na aquisição de colmeias, equipamentos de proteção individual específicos, identidade visual do negócio (marketing) e sede do projeto.
Casa do Mel
32 apicultores associados
Apoio da Vale na infraestrutura da sede e articulação da cadeia produtiva

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.