Eleição europeia

Corte da Espanha decide que Puigdemont pode ser candidato

Separatista catalão Carles Puigdemont vive na Bélgica para não ser preso na Espanha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Líder catalão Carles Puigdemont, durante entrevista coletiva em Berlim
Líder catalão Carles Puigdemont, durante entrevista coletiva em Berlim (AFP)

ESPANHA - O ex-presidente catalão Carles Puigdemont, que liderou um movimento para separar a região da Espanha, em 2017, pode ter seu nome em uma lista de candidatos a uma cadeira nas eleições europeias, decidiu um tribunal de Madri.

Uma junta eleitoral o havia proibido de concorrer, mas a Justiça reverteu a decisão nesta segunda (6).

A ordem se aplica a outros dois membros do seu governo regional, que também saíram da Espanha depois do fracasso do plano de independência.

Há pedidos de prisão para os três na Espanha, que vivem na Bélgica para não serem presos, pelo papel que tiveram nessa tentativa. O processo sobre esse caso em Madri tem, ao todo, 12 réus.

Dois partidos de direita (o Cidadãos e o PP) entraram com o processo para que Puigdemont não pudesse concorrer, já que o dirigente não reside na Espanha.

O Supremo Tribunal do país, no entanto, discordou, com a tese de que o separatista não foi condenado à inelegibilidade.

Tentativa de separação

Puigdemont tentou separar a Catalunha da Espanha em outubro de 2017, quando era presidente da região autônoma. Em seguida, ele foi destituído pelo governo espanhol, se mudou para a Bélgica e enfrenta um processo por rebelião.

O seu vice-presidente, Oriol Junqueras, está preso na Espanha há um ano e meio, e foi o principal acusado pela tentativa de separação.

Se Puigdemont for eleito, há uma chance de ele renunciar. Isso porque ele terá que receber o mandato na Espanha, e ele pode ser preso se pisar no país.

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