Relocação de recursos

Números revelam diferença bilionária entre ensino superior e demais setores da educação

Ensino superior responde por menos de 5% dos alunos da rede pública de educação. Apesar disso, setor gasta cerca de 30% das verbas federais

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
O ministro da educação, Abraham Weintraub, anunciou a relocação de recursos na educação. Decisão gerou polêmica.
O ministro da educação, Abraham Weintraub, anunciou a relocação de recursos na educação. Decisão gerou polêmica.

Em entrevista ao programa SBT Brasil, nesta quinta (2), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a polêmica envolvendo relocação de no ensino superior. Os números revelam uma discrepância bilionária entre a educação infantil, fundamental e média em relação ao ensino superior.

Durante a entrevista, Bolsonaro anunciou uma inversão de prioridade e deve direcionar os recursos para a educação básica. “A gente não vai cortar recurso por cortar. A gente vai investir na educação básica.”, disse.

Recentemente a predisposição do Governo Federal em fazer a relocação dos recursos causou polêmica. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou o bloqueio de 30% nas verbas destinadas às universidades brasileiras.

NÚMEROS

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que o Brasil é um dos países que menos gasta com ensino fundamental e médio no mundo. Em contrapartida, os gastos com ensino superior se assemelham a níveis europeus.

Dados do Ministério da Educação revelam que o governo federal gastou cerca de R$ 30 bilhões com ensino superior em 2018. O orçamento federal para o setor no ano passado foi de R$ 114 bilhões.

Os últimos censos da educação revelam uma disparidade entre o número de alunos matriculados no ensino infantil (7.1 milhão), fundamental (22 milhão), médio (7.9 milhão) e ensino superior (1,9 milhão). Os números são aproximados.

REPERCUSSÃO

A medida não foi bem recebida nas universidades e foi duramente criticada por reitores das instituições públicas de ensino superior. Segundo a instituição, as despesas comuns, como contas de água e energia elétrica, além de contratos de prestação de serviços serão atingidos diretamente.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.