Dia do Trabalho

Confronto marca comemoração do Dia do Trabalho em Paris

Mais de 7 mil policiais e militares foram mobilizados para acompanhar as manifestações na capital francesa, comandadas pelos coletes amarelos

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Manifestante enfrenta a polícia durante confronto em Paris
Manifestante enfrenta a polícia durante confronto em Paris (Paris)

Paris - A celebração do Dia do Trabalho na França, ontem, (1º), começou com pelo menos 165 pessoas detidas em meio a protestos em Paris. A forte atuação da polícia francesa ocorreu após meses de atos em massa do movimento conhecido como coletes amarelos.

Homens das forças de segurança foram destacados para cobrir praticamente toda a cidade e, até o meio-dia (horário local), policiais já haviam feito o que a prefeitura chamou de verificação preventiva de identidade de mais de 9 mil pessoas.

Tradicionalmente, o Dia do Trabalho na França é comemorado com grandes marchas em todo o país, organizadas por centrais sindicais e, em paralelo, uma manifestação da Frente Nacional, agora chamada de Agrupamento Nacional, principal partido de extrema direita do país.

Pouco depois do início da tradicional passeata do Dia dos Trabalhadores do movimento coletes amarelos, foram registrados confrontos entre militantes e a polícia. As manifestações de 1º de maio em Paris, geralmente pacíficas e dedicadas a reivindicações salariais, acontecem sob tensão desta vez com forte esquema de segurança. Mais de 7.400 policiais e militares foram mobilizados na capital francesa.

Os enfrentamentos começaram por volta das 11h do horário local (8h do horário de Brasília), perto do restaurante La Rotonde, que foi protegido com tapumes. A polícia recorreu a gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes. Um deles foi ferido na cabeça, segundo um jornalista da AFP.

Segundo as autoridades francesas, 165 pessoas foram detidas e mais de 9 mil controles de identidade foram realizados em toda a cidade, com revistas feitas aleatoriamente desde a madrugada desta quarta (1º). A tensão pode ser ainda maior à tarde, quando estão marcadas novas manifestações de sindicatos de trabalhadores.

O presidente da França, Emmanuel Macron, exigiu na terça-feira, 30, que a resposta aos chamados "black blocs", militantes anticapitalistas e antifascistas que vestem preto e deixam o rosto coberto, fosse “extremamente firme” em caso de violência.

Segundo a APF, houve uma chamada nas redes sociais para transformar Paris na "capital dos distúrbios". No ano passado, 1.200 militantes participaram de atos violentos na manifestação do Dia do Trabalhador, com lojas vandalizadas ou incendiadas e veículos queimados.

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