Condenação

PMs livres e vigilante condenado no Caso Irialdo Batalha

Julgamento dos acusados da morte do mecânico, iniciado na segunda-feira, terminou somente na tarde de ontem

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
José Miguel e Flávio Roberto e no detalhe, o vigilante Luís Carlos , que foi condenado
José Miguel e Flávio Roberto e no detalhe, o vigilante Luís Carlos , que foi condenado (Julgamento)

SÃO LUÍS - Após 28 horas de julgamento, que o juiz Antônio Agenor Gomes procedeu a sentença dos acusados do assassinato do mecânico Irialdo Batalha, de 34 anos, e da tentativa de homicídio de Diego Giane Ferreira Fernandes. Segundo a polícia, esse crime ocorreu durante uma abordagem policial no dia 25 de maio de 2015, na cidade de Vitória do Mearim.

O julgamento ocorreu no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. A sessão teve início na manhã de segunda-feira, e terminou no começo da tarde de ontem. O magistrado declarou a absorvição do sargento da Polícia Militar José Miguel de Castro pelo assassinato de Irialdo Batalha e da tentativa de homicídio de Diego Giane, mas o condenou a 2 anos e 9 meses em regime semiaberto pelos crimes de prevaricação, usurpação de função pública, denúncia caluniosa e fraude processual.

O outro policial militar, o soldado Flávio Roberto Gomes dos Santos, foi condenado a 1 ano e 6 meses por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, pela morte de Irialdo Batalha e 7 anos e 4 meses em regime semiaberto pela tentativa de homicídio de Diego Giane. O militar vai responder, ainda, pelos crimes de prevaricação, usurpação da função pública, denunciação caluniosa e fraude processual. Total da pena de 12 anos, mas o magistrado concedeu ao militar o direito de recorrer em liberdade.

Enquanto, o vigilante Luís Carlos Machado de Almeida foi condenado a 16 anos e 6 meses em regime fechado pelo assassinato do mecânico e da tentativa de homicídio de Diego Giane. Ele ainda foi condenado a seis meses de detenção por usurpação de função pública e fraude processual. O vigilante não pode recorrer da sentença judicial em liberdade e ainda ontem retornou ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Julgamento

A sessão do julgamento contou com a participação da promotora de Justiça Cristiane Lago, representando o Ministério Público, e na assistência de acusação o advogado Ângelo Calmon. Já a defesa dos militares foi feita pelo advogado Erivelton Lago, e a do vigilante por Natan Chaves.

Onze testemunhas foram ouvidas pelo magistrado e submetidas a perguntas realizadas pela defesa e acusação. Os três acusados também prestaram esclarecimentos sobre o fato e, em seguida, foi aberto para o debate. Somente após essa fase que o juiz anunciou a sentença dos acusados.

Crime

Irialdo Batalha e Diego Giane não tinham antecedentes criminais e residiam na cidade de Arari. No dia do crime, eles haviam saído de motocicleta com destino a Vitória do Mearim onde assistiriam a um jogo de futebol. Na entrada da cidade, a dupla foi abordada pelos militares e o vigilante.

Durante a abordagem policial, Diego Giane foi baleado no pé, enquanto a outra vítima, segundo o Ministério Público, levou quatro tiros e morreu.

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