Expulsão

Conselho expulsa delegado Thiago Bardal da Polícia Civil do MA

Decisão foi anunciada ontem e será apreciada pelo governador Flávio Dino que, se atacada, será, então, publicada no diário oficial do estado

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Delegado Thiago Bardal quando de sua prisão em novembro do ano passado
Delegado Thiago Bardal quando de sua prisão em novembro do ano passado (Bardal)

SÃO LUÍS - O ex-superintendente estadual de Investigações Criminais, delegado Thiago Bardal, foi expulso da Polícia Civil pelo conselho dessa instituição policial. Bardal foi preso primeiramente em fevereiro do ano passado, suspeito de integrar um bando internacional de contrabandistas e, após três meses foi posto em liberdade, mas voltou a ser detido em novembro acusado de extorquir dinheiro de assaltantes de bancos no Maranhão e em outros estados.

Bardal estava respondendo a um processo administrativo na Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas o conselho determinou pela perda do cargo. Essa decisão ainda vai ser apreciada pelo governador Flávio Dino e após o seu despacho, será publicado em diário oficial. A defesa de Bardal, no momento, não quis falar sobre o assunto.

Acusações

Em março do ano passado, Thiago Bardal foi exonerado da função de superintendente da Seic e preso. O secretário de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, informou que Bardal perdeu o cargo devido a acusação de fazer parte de um bando internacional de contrabandistas. Em fevereiro do ano passado, a polícia fez uma operação em um porto clandestino no povoado Quebra Pote, zona rural da capital, prendeu criminosos e apreendeu uma carga ilegal de armas, bebidas alcoólicas e cigarros.

No ato, os policiais identificaram militares, advogados e políticos envolvidos nessa ação criminosa. Um dos abordados foi o ex-vice-prefeito de São Mateus, Rogério de Sousa Garcia, que no momento está preso em uma unidade prisional, na capital. Em novembro do ano passado ocorreu nova acusação contra Bardal, desta vez sob suspeita de extorsão.

De acordo com as investigações realizadas pela Superintendência de Combate a Corrupção (Sccor), órgão da SSP, Bardal extorquia dinheiro de assaltantes de bancos. Esse crime teria começado em 2015, quando ele exercia o cargo de delegado-chefe do setor de inteligência da polícia, em Imperatriz. Segundo a polícia, o valor negociado seria em torno de R$100 mil por mês, para proteger uma das maiores quadrilha de assaltantes de banco com atuação no Maranhão, Pará e Tocantins.

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