Saúde

Maranhão tem redução de 42% nos casos de malária

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde ( SES), foram registrados 132 casos de malária nos três primeiros meses deste ano, contra 308 casos ocorridos em 2018; a conquista marca o Dia Mundial da Malária, comemorado ontem em todo o país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
A malária é uma doença transmitida pela picada da fêmea infectada do mosquito gênero Anopheles
A malária é uma doença transmitida pela picada da fêmea infectada do mosquito gênero Anopheles (Divulgação)

SÃO LUÍS - Dados publicados pelo Ministério da Saúde, nesta semana, revelam uma redução de 38% de casos de malária no Brasil, nos três primeiros meses de 2019. No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que ocorreu redução de 42% dos casos notificados entre janeiro e março,comparados 2018 e 2019.

A conquista marca o Dia Mundial da Malária, lembrado ontem, 25. A nível Brasil, foram notificados 31.872 casos novos da doença este ano. No mesmo período, em 2018, foram registrados 51.076 casos. No Maranhão, a redução de casos também foi vista. Foram registrados 132 casos de malária nos três primeiros meses deste ano, contra 308 casos em 2018. Durante todo o ano passado, 935 casos foram notificados. Os dados foram apresentados pelo coordenador-geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária do Ministério da Saúde, Cassio Peterka, durante o IV Seminário Estadual Alusivo ao Dia Mundial de Luta Contra a Malária.

A redução dos casos de malária no país se deve, principalmente, à integração das ações de saúde realizadas pelo Governo Federal em parceria com os estados, municípios e a população. Para 2019, entre os principais desafios, estão os de manter a continuidade das ações de vigilância da malária, melhorando a oportunidade no diagnóstico e tratamento, resposta rápida a surtos, mobilização social e orientação de prevenção da doença para a população, fortalecimento dos níveis locais, além de comprometimento de todos os envolvidos nas ações de prevenção da doença.

No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES)disse que a redução de 42% dos casos notificados entre janeiro e março, comparados 2018 e 2019, é resultado de ações permanentes em apoio aos municípios maranhenses, dentre os quais destaca-se a capacitação técnica realizada periodicamente com profissionais de saúde para prevenção, diagnóstico e tratamento dos casos, assim como a implantação do sistema de notificação nos 217 municípios do Maranhão. A SES destaca, ainda, que mantém o fornecimento regular de inseticidas, medicamentos, assim como atuado na supervisão dos municípios visando a efetividade na execução das ações de combate à malária.

A nível Brasil, o Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), tem intensificado as ações de integração da prevenção da malária com a atenção primária nos estados e municípios. Além disso, o ministério já realizou neste ano duas capacitações com profissionais de saúde com o objetivo de melhorar a metodologia de trabalho com foco na identificação dos focos de malária. Outra importante estratégia da pasta é a sensibilização da população, parte essencial desse processo. Por isso, o lançamento da campanha de comunicação, que neste ano, traz o slogan “Brasil Sem Malária”.

Casos
Em 2017, foi estimado 219 milhões de casos de malária, e 435 mil pessoas morreram da doença no mundo. A população mais vulnerável são crianças menores de 5 anos de idade, representando 61% dos óbitos. Em resposta ao aumento de casos, a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2015, apresentou a estratégia mundial contra a malária, com metas para os países endêmicos alcançarem até 2030. Com a intenção de reduzir, foram fortalecidos os apoios e parcerias de vários setores, para alcance de um mundo livre da malária.

No Brasil, em 2018, foram notificados em todo o país, 194.271 casos da doença. Em 2017, o número registrado foi de 194.426 casos. No ano passado, do total de casos autóctones na região Extra-Amazônica, um terço (1/3) foram registros com infecção nas áreas de Mata Atlântica. Os estados da Bahia e Espírito Santo são áreas receptivas para a malária, e enfrentaram grandes desafios para a contenção do surto da doença.

Malária
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por parasitos do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito gênero Anopheles. O paciente com malária não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor. Entre os principais sintomas da malária estão, febre alta, calafrios, tremores, sudorese ou dor de cabeça. Algumas pessoas antes de apresentarem esses sintomas, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

A malária tem cura, mas se não for diagnosticada e tratada em tempo oportuno, pode evoluir para formas grave da doença.

Tratamento e cuidado
Para reduzir a possibilidade da picada do mosquito transmissor de malária no doente, a população precisa ficar atenta a algumas recomendações e cuidados. O público-alvo da campanha são as populações que vivem nas capitais dos nove estados que compõem a região Amazônica (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Tocantins e Maranhão), além de regiões de mata, assentamentos rurais, garimpos, periferias e áreas indígenas.

O paciente com malária geralmente é tratado com medicamentos fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde do SUS. Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato.

O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; o peso e idade do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; além da gravidade da doença.

Além do tratamento algumas medidas de prevenção devem ser levadas em consideração, como: uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas; uso de roupas compridas que protejam pernas e braços; instalação de telas em portas e janelas; uso de repelentes; evitar exposição nos horários de maior atividade do mosquito; Borrifação Residual Intradomiciliar com inseticida de efeito residual e drenagem de áreas alagadas consideradas de risco para a transmissão da malária.

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