Violência

Estrangeiros estão entre os mortos em ataques no Sri Lanka

Bilionário dinamarquês perdeu três filhos; balanço indica que um total de 290 pessoas morreram, sendo que 39 eram estrangeiros. Não há informação de brasileiros entre as vítimas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Vítima de ataques no domingo de Páscoa é velada em Negombo, no Sri Lanka, ontem, 22
Vítima de ataques no domingo de Páscoa é velada em Negombo, no Sri Lanka, ontem, 22 (AP)

SRI LANKA - O ministro do Turismo do Sri Lanka, John Amaratunga, afirmou que pelo menos 39 estrangeiros morreram nos ataques a igrejas e hotéis no domingo de Páscoa, 21, de acordo com a CNN. O balanço divulgado pela polícia ontem, 22, indica que um total de 290 pessoas morreram e cerca de 500 ficaram feridas.

A embaixada do Brasil em Colombo informou que, até o momento, não tem informação sobre brasileiros entre os mortos ou feridos.

O nome das vítimas ainda não foi divulgado oficialmente, mas já se sabe que três dos quatro filhos do bilionário dinamarquês Anders Holch Povlsen, proprietário do grupo de moda Bestseller e acionista majoritário da marca ASOS, morreram nos atentados.

A imprensa dinamarquesa afirmou que Anders Holch Povlsen, sua mulher (Anne Holch Povlsen) e seus quatro filhos estavam de férias no país.

A identidade e a idade das vítimas não foram comunicadas. "Pedimos que a privacidade da família seja respeitada e não faremos outros comentários", declarou à AFP Jesper Stubkier, gerente de comunicações da Bestseller.

Mais rico da Dinamarca

Considerado a pessoa mais rica na Dinamarca, Anders Holch Povlsen, de 46 anos, herdou o grupo de moda Bestseller, criado em 1975 por seus pais, Merete e Troels Holch Povlsen.

O grupo, que possui cerca de 3.000 pontos de venda em 70 países, possui marcas como Vero Moda, Only e Jack & Jones.

Holch Povlsen também é acionista majoritário da marca britânica de moda online ASOS e faz parte do capital da Zalando, especialista alemã em vendas pela Internet.

Ataques

Oito explosões foram registradas na capital do Sri Lanka, Colombo, e nas regiões de Katana e Batticaloa por volta das 8h45 (0h15, no horário de Brasília) de domingo,21.

Entre os alvos estavam três igrejas, onde aconteciam as missas da Páscoa. Os hotéis cinco-estrelas Shangri-La, Kingsbury, Cinnamon Grand e um quarto hotel, todos em Colombo, também foram atingidos. Uma explosão ainda foi registrada em um complexo de casas.

Nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques, mas o governo atribui as ações ao grupo islâmico National Thowheeth Jama'ath (NTJ). As autoridades acreditam que os ataques tenham sido realizados com a ajuda estrangeira, por isso, vai pedir ajuda externa para rastrear as ligações internacionais.

O porta-voz do governo, Rajitha Senaratne, afirmou que, 14 dias antes dos ataques, relatórios do serviço de inteligência indicavam que eles ocorreriam. Porém, ele ressaltou que o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, e seu gabinete não estavam a par dessas informações.

“Não estamos tentando fugir da responsabilidade, mas esses são os fatos. Ficamos surpresos ao ver esses relatórios”, declarou, segundo o jornal britânico "The Guardian".

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