Truculência

Policial civil e esposa são agredidos por militares, em Poção de Pedras

Investigador da PC, lotado da Delegacia de Caxias, levou soco e pontapés, foi algemado e colocado em camburão; cúpula da PM lamentou o episódio e garantiu que o ato de violência será apurado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Policial civil procurou a delegacia para relatar abuso dos militares e na volta foi espancado
Policial civil procurou a delegacia para relatar abuso dos militares e na volta foi espancado (Truculência)

POÇÃO DE PEDRAS - O Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão informou, ontem, que está apurando a acusação de agressão física cometida por uma guarnição policial no município de Poção de Pedras, na última Quinta-Feira Santa, As vítimas foram o o investigador de Polícia Civil Antônio Edson Júnior e a sua esposa, de nome não revelado. O policial civil foi o mais agredido. Ele levou soco e pontapés, foi algemado e jogado dentro do camburão.

Antônio Edson é investigador da Polícia Civil há 30 anos e, no momento, está lotado na Delegacia de Caxias. Acompanhado da família, ele havia ido passar o feriado da Semana Santa em Poção de Pedras, na casa de um amigo, cuja identidade não foi divulgada. Na noite da Quinta-Feira Santa, 18, Edson e os familiares foram passear pela cidade em um veículo e, em determinado momento, foram abordados por uma guarnição da Polícia Militar comandada por um sargento.

O policial civil declarou que ele e os parentes foram acusados pelos militares de estarem dando “cavalo de pau” - manobra arriscada que consiste em girar o veículo após frenagem - com o carro e de perturbar o sossego público ao circular com o veículo com som em alto volume. Relatou, ainda, o investigador, que ele e os familiares foram coagidos pelos militares a deixar a cidade para não serem conduzidos à delegacia. Diante da hostilidade da guarnição, o policial civil contou que se deslocou até a delegacia para falar com o delegado local. Na volta, foi abordado mais uma vez pela guarnição militar.

Nesse momento, o policial civil e sua esposa foram agredidos fisicamente pelos militares. Antônio Edson ainda foi jogado dentro do camburão e levado para a Delegacia Regional de Pedreiras, onde prestou esclarecimentos. Logo após, foi liberado.

Há informações de que o amigo do policial civil, que é morador de Poção de Pedras, mantém uma relação amorosa com a ex-companheira do sargento da guarnição militar acusada de agredir o investigador e sua esposa.

Em nota, o Comando Geral da PM condenou as agressões e afirmou que o comportamento da guarnição acusada de praticar atos de violência contra o policial civil não reflete a conduta da tropa. Abaixo, o posicionamento da cúpula da PM sobre o caso:

A cúpula da Polícia Militar informou ontem, por meio de nota, que está tomando as medidas cabíveis para que as circunstâncias sejam esclarecidas e lamenta o fato ocorrido na cidade de Poção de Pedras.

A polícia registra, ainda os sinceros pedidos de desculpas pelo triste acontecimento a sociedade Maranhense e em especial a coirmã Polícia Civil, e reitera que as duas instituições são compostas de profissionais vocacionados em defesa da sociedade, mesmo com o risco da própria vida; representando, portanto, um caso isolado dentro da corporação.

A nota ainda afirma que esse fato não reflete no comportamento da tropa, de modo que o comando da Polícia Militar não coaduna e nem coadunará com atitudes desta natureza, sejam em quaisquer situações, tendo em vista a missão do policial militar de proteger, garantir a segurança pública.

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