MPF

Procuradores identificam o autor de movimentação

Assessor do ex-presidente Michel Temer é identificado, e governo promete exonerar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Michel Temer tem provas contra si devido a trabalhos do PM
Michel Temer tem provas contra si devido a trabalhos do PM (Michel Temer)

Rio de Janeiro

A Lava Jato do Rio identificou Antônio Carlos Correia da Silva como a pessoa que tentou transferir, em outubro, R$ 20 milhões de uma empresa do coronel Lima, braço-direito do ex-presidente Michel Temer. A empresa era usada para lavar dinheiro, segundo o Ministério Público Federal (MPF).
A tentativa frustrada foi revelada pelo MPF e apontada no pedido de prisão da Operação Descontaminação, na qual foram pre­sos o ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco e João Baptista Lima, o coronel Lima. Eles foram soltos quatro dias após a ação.
Antônio Carlos é gerente financeiro da Argeplan, que tem Coronel Lima como um dos controladores. A movimentação foi informada, inicialmente, em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que não identificava o autor. Depois, o próprio Coaf apontou Antônio Carlos como o responsável.

Depoimento
Segundo depoimento, Antônio Carlos pediu a abertura de contas para duas empresas: a PDA Projeto e Direção Arquitetônica e PDA Administração e Participação Ltda. Ambas são controladas pelo Coronel Lima. Ele também teria tentado abrir uma conta para Carlos Alberto Costa, outro sócio da Argeplan.
A gerente do banco, Silvana Alves de Souza, diz que a agência bancária recusou a abertura das contas porque a Argeplan está sendo investigada. Ela conta ainda que Antonio Carlos recebeu a informação no dia seguinte, recolheu a documentação e foi embora.
O gerente da Argelpan foi questionado no banco sobre a origem do dinheiro e disse que era apenas o procurador. "O sócio Lima", disse ele, poderia prestar informações sobre a origem dos valores.
Procurado em sua casa, Antônio Carlos não foi encontrado. A irmã dele disse que ele começou a trabalhar na Argeplan em 2014, que ficou indignado quando a história do dinheiro surgiu e que ele quer ser ouvido. l

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