Encenação

Em Caxias, Procissão do Fogaréu retrata a paixão e morte de Cristo

Cerca de 10 mil pessoas acompanharam o evento religioso, que retrata a paixão e morte de Jesus Cristo, pelas ruas da cidade de Caxias; a procissão, que poderá se tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão, completou 16 anos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Um dos momentos da encenação religiosa da Procissão do Fogaréu, que ocorreu quarta-feira, 17, em Caxias
Um dos momentos da encenação religiosa da Procissão do Fogaréu, que ocorreu quarta-feira, 17, em Caxias (Divulgação)

CAXIAS - A tradicional Procissão do Fogaréu de Caxias, no Maranhão, que é considerada a segunda maior do Brasil, completou 16 anos, representando a paixão e morte de Jesus Cristo. Este ano, o espetáculo foi menor no adro da Igreja Catedral de Nossa Senhora dos Remédios, mas foi distribuído ao longo do percurso para interagir ainda mais com o público. Cerca de 10 mil pessoas, segundo estimativas dos organizadores, acompanharam o evento religioso ma última quarta-feira, 17.

“Cada ano é uma emoção diferente, a mensagem é diferente”, declarou Marcos Xavier, intérprete de Jesus. A encenação envolve direta e indiretamente cerca de 300 atores e figurantes.

Após as encenações na Igreja Catedral, e a Santa Ceia, em frente ao Palácio Episcopal, a multidão ganhou as ruas da cidade, onde os Farricocos com tochas em punho, que representam os soldados romanos à procura de Cristo para prendê-lo, saíram pelo Centro Histórico de Caxias, passando em frente às principais igrejas da cidade, acompanhados por centenas de pessoas. Este ano, os atos que simbolizavam a procura por Cristo foram distribuídos ao longo da procissão.

“Este ano foi feita a Ceia do Senhor em frente ao Palácio Episcopal, até porque a arquitetura favoreceu. Então, nos solicitaram e a gente gentilmente cedeu. O amor de Cristo pela humanidade foi muito grande e cabe a nós compreender esta mensagem”, disse dom Sebastião Lima Duarte, bispo da Diocese de Caxias.

Mais uma vez, a Prefeitura de Caxias prestou apoio logístico ao evento, tanto no processo de interdição das ruas e segurança do evento, quanto no apagar e acender das luzes ao longo do percurso da procissão, por meio do apoio da Citelum e da Secretaria Municipal Adjunta de Transportes, além da Guarda Municipal. Rosário Gentil, mãe do prefeito de Caxias, Fábio Gentil, representou o chefe do poder executivo.

“Contar a maior história de amor pela humanidade sempre é um motivo de muita fé, de muita honra e de muita emoção”, destacou Leonardo Barata, presidente da Organização Caxiense de Artes e Tradições (OCAT). Segundo ele, a cada ano que passa aumenta significativamente o número de fiéis que aproveitam o momento para agradecer pelas bênçãos recebidas, pedir saúde, fazer promessas e, principalmente, demostrar o seu amor e devoção a Jesus Cristo.

A organização do evento trabalha para tornar a procissão Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Maranhão. Está tramitando na Assembleia Legislativa do Maranhão um projeto de lei do deputado Adelmo Soares (Solidariedade), que propõe o reconhecimento do espetáculo caxiense.

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