Povos Indígenas

Abril com homenagens aos povos indígenas

Casa do Maranhão tem vasta programação até o dia 30, com exposições, exibição de documentário, rodas de conversa e outros espaços educativos; a entrada é franca

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Os índios ganham homenagem dentro da programação
Os índios ganham homenagem dentro da programação (Índios )

São Luís - Com o tema “Os Povos Indígenas e o Espaço Museal: Um resignificar de práticas sociomuseológicas frente aos saberes e fazeres tradicionais”, a Casa do Maranhão (Centro Histórico) presta uma homenagem às ações de luta e resistência política e cultural dos povos indígenas com vasta programação neste mês de abril.

As atividades acontecem com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza, incluindo exposições, exibição de documentário, rodas de conversa e outros espaços educativos. A programação estende-se até dia 30 de abril, com entrada gratuita, de terça-feira a sábado, das 9h às 18h, e aos domingos, das 9h às 13h30. Segundo o diretor da Casa do Maranhão, Iguatemy Carvalho, o objetivo da programação é desmistificar a figura do indígena como algo romântico, exótico, com importância apenas folclórica para a cultura. “Trata-se de um momento de narrar a história que os livros não contam”, explicou .

Dentro da programação, está a exibição do curta-metragem e a exposição fotográfica “Wyra’u Haw – A grande festa”, da localidade de Piçarra Preta, no município de Bom Jardim (MA), que retrata o ritual do povo indígena Guajajara quando a menina entra no ciclo menstrual pela primeira vez e o menino na puberdade. A iniciativa contou com apoio do Instituo Sociedade, População e Natureza e da Vale, no âmbito do Plano Básico Ambiental – Componente Indígena, por meio do Subprograma Fortalecimento Cultural.

A exposição é resultado do trabalho do coletivo de comunicação “Pinga Pinga”. O grupo reúne dez jovens de comunidades tradicionais e indígenas da região do Vale do Pindaré. Alguns deles participaram de formações em audiovisual pela ONG Vídeo nas Aldeias, como parte do PBACI, implementado pelo ISPN.

A exposição reúne 23 imagens, que registram cenas da “Festa do Moqueado”, também chamada de “Ritual da Menina Moça”, tradição secular que vem sendo preservada pelo povo Guajajara no Maranhão, um dos maiores do Brasil. A iniciativa simboliza a transição entre a infância e a chegada à vida adulta. Após ser submetida ao ritual, a garota está apta a executar todos as atividades das mulheres adultas da aldeia.

O jovem indígena Genilson Guajajara, da Aldeia Piçarra Preta (Terra Indígena Rio Pindaré), é um dos integrantes do coletivo “Pinga Pinga” e está bastante orgulhoso em ver seu trabalho exposto em um grande espaço cultural na Capital do Maranhão. “A exposição, tanto do curta-metragem como das fotografias, é importante para nós, pois conta a história do meu povo. Mostra minha cultura. E, é uma forma também de resistência”, explica.

Serviço

O quê

Programação em homenagem aos povos indígenas

Quando

Até o dia 30 deste mês

Onde

Casa do Maranhão (Praia Grande)

Entrada franca

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