SAÚDE

Gripe: campanha de vacinação movimenta postos de saúde

Primeira etapa da ação de imunização é dedicada a gestantes e crianças de seis meses a seis anos incompletos; demais grupos de risco, como idosos e doentes crônicos receberão imunização a partir de 22 deste mês

MONALISA BENAVENUTO / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe teve de ser antecipada em todo o país e, por causa disso, postos de saúde de São Luís estiveram ainda mais movimentados na manhã de ontem (10) por pessoas em busca de imunização contra o vírus da Influenza e suas variações. No Centro de Saúde da Liberdade, cerca de 100 pessoas garantiram a proteção ainda no primeiro dia de vacinação. Nesta primeira etapa, a campanha é voltada para gestantes e crianças de seis meses a seis anos incompletos, grupos mais vulneráveis à doença que, agravada, pode evoluir para Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG), responsável por mais de 30 óbitos no estado em 2018.

Para não perder tempo, gestantes e pais de crianças de seis meses a seis anos incompletos aproveitaram esta quarta-feira para garantir a imunização nos postos de saúde mais próximos de casa e evitar maiores preocupações com a gripe ao longo do ano. Entre eles, a dona de casa Lurdineide Borges, mãe do pequeno Kevin Yan, de um ano, que, apesar do choro, enfrentou o medo, deixando a mãe mais aliviada.

“Esta é a segunda vez que ele toma a vacina, mas antes da primeira imunização acabou contraindo uma gripe muito forte. Fiquei muito preocupada e, desde então, sempre o trago para vacinar nos primeiros dias da campanha, porque entendo a importância da vacina para a saúde dele”, ressaltou a mãe que esteve no Centro de Saúde da Liberdade.

Assim como Kevin, crianças e adultos apresentaram quadros graves de gripe, como a SRAG, que em 2018 teve 194 casos registrados no Maranhão, destes, 36 foram fatais, de acordo com o Ministério da Saúde. Neste ano, oito casos da doença foram registrados, com dois óbitos, mas nenhum deles possuia relação com a gripe. No entanto, outros 17 seguem sob investigação, segundo o órgão.

Os dados reafirmam a atenção requerida pela SRAG, que, de acordo com especialistas, além de apresentar os mesmos sintomas da gripe comum ou um simples resfriado, causa dores no corpo, febre, indisposição e, principalmente, dificuldades respiratórias. A síndrome pode ser ocasionada pelos vírus da gripe A (H1N1), A (H3N2), A (não subtipado), Influenza B, C, além de outros vírus respiratórios e a vacinação é a principal forma para evitar o surgimento da doença, de acordo com o Ministério da Saúde.

Ciente dos riscos, Renata Lima, grávida de sete meses, preferiu deixar de lado os rumores sobre a vacina e garantir que o fim da gestação seja saudável e evitar riscos à filha Manuela, que deve nascer no fim de junho. “Quando eu disse que viria tomar a vacina, minha tia disse que não deveria porque as pessoas gripam, passam mal e poderia ser perigoso para mim, mas achei melhor acreditar nos médicos e me vacinar. O nascimento da minha filha está bem próximo e não quero oferecer nenhum perigo à saúde dela, então, toda proteção é importante”, destacou a gestante.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o atendimento inicial é ofertado a gestantes e crianças de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias, no período de 10 a 19 de abril, que também poderão pôr em dia outras vacinas previstas nas cadernetas de saúde.

A partir de 22 deste mês, a vacinação contra influenza será ofertada aos demais grupos prioritários, que são: pessoas com 60 anos ou mais, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores de escolas públicas e privadas, povos indígenas, doentes crônicos não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. No total, 2.036.900 doses da vacina contra influenza serão enviadas ao Maranhão, em cinco etapas.

[e-s001]Mitos e verdades sobre a vacina contra a gripe

A gripe pode matar?

Se não for tratada a tempo, a gripe pode causar complicações graves e levar à morte, principalmente nos grupos de alto risco, como pessoas com mais de 60 anos, crianças menores de cinco anos, gestantes e doentes crônicos.

É possível pegar gripe pela vacina?

Não. A vacina contra a gripe é produzida com vírus morto, portanto, é 100% segura e incapaz de provocar a doença em pessoas vacinadas.

É preciso tomar a vacina todos os anos?

Sim. Isso acontece por dois motivos: primeiro porque a imunidade da vacina se mantém por um período de 12 meses. Segundo porque, a cada ano, temos vírus diferentes, que causam diferentes tipos de gripe.

Em gestantes, a vacina faz mal para o bebê?

Pelo contrário. A vacinação das grávidas é muito importante, pois quando a mãe é vacinada, o bebê também fica protegido.

Gripe e resfriado são doenças diferentes?

Embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e o resfriado são diferentes. A gripe é uma doença mais grave e pode evoluir para pneumonia. O resfriado é mais brando e dura menos tempo.

A única prevenção é a vacina?

Não. A vacina é a melhor e mais segura forma de se proteger contra a gripe, mas outras medidas ajudam na prevenção:

- lavar e higienizar as mãos com frequência;

- não compartilhar objetos de uso pessoal;

- evitar tocar mucosas do olho, nariz e boca;

- boa alimentação e ingestão de bastante líquido;

- manter os ambientes bem arejados;

- evitar contato com pessoas com sintomas de gripe

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