Imigrantes

Trump diz que não vai retomar política de separação de famílias

Declaração vem um dia depois que a Justiça dos EUA proibiu o governo de devolver ao México imigrantes que pediram asilo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Trump falou ontem com jornalistas na Casa Branca  sobre política de imigração
Trump falou ontem com jornalistas na Casa Branca sobre política de imigração (Reuters)

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem,8, que não vai retomar a política de separação de crianças e familiares que cruzaram ilegalmente a fronteira com o México, cancelada em junho de 2018 após uma série de críticas.

Apesar de dizer que o governo não pensa em retomar a medida, Trump reconheceu que manter juntas as famílias de imigrantes ilegais "traz muito mais pessoas para fronteira". Além disso, na conversa com repórteres na Casa Branca, ele acrescentou uma série de críticas à política de imigração dos Estados Unidos e ao Congresso.

Trump negou retomar a política de separação depois que a imprensa local noticiou que a prática poderia voltar a ser adotada. Na segunda-feira, 7, a Justiça do país proibiu a política que o governo queria adotar de devolver ao México imigrantes que pediram asilo e que aguardam análise dos requerimentos.

No sábado, Trump anunciou a substituição da secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, que se tornou a face da política anti-imigração do governo, incluindo a prática de separar pais e filhos migrantes.

Separação de familiares

Em junho do ano passado, o governo norte-americano adotou a chamada política de "tolerância zero" aos imigrantes ilegais na fronteira com o México. A determinação estabelecia que todo o adulto capturado deveria ser detido até que se apresentasse a um juiz, o que, na prática, acabava separando as famílias de imigrantes.

Depois de uma série de críticas, da circulação de imagens de crianças dentro de grades em abrigos e da grande repercussão internacional, Trump assinou uma ordem executiva que dizia que as famílias que entrassem ilegalmente deveriam permanecer juntas. Ele também determinou que as agências do governo reunissem as famílias separadas.

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