A polícia ainda ontem tentava capturar os bandidos que explodira a agência do Banco do Brasil da cidade de Santa Inês. Três ou quatro criminosos teriam participado dessa ação criminosa na madrugada desta terça-feira, 9, mas não conseguiram levar nenhuma quantia em dinheiro. Somente este ano, quatro agências já foram destruídos por criminosos no estado, sendo três na capital maranhense.

A única agência do Banco do Brasil de Santa Inês e que atendia toda a região, amanheceu ontem destruída. O teto veio abaixo, os caixas eletrônicos firam danificados e o piso coberto por destroços. Também era possível encontrar rastro de destruição fora da agência. Na calçada muitos estilhaços de vidro.

O delegado Luciano Bastos, chefe do Departamento de Combate a Roubo a Instituições Financeiras (Decrif), órgão da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), informou que os criminosos chegaram a Santa Inês por volta das 3h30 e se deslocaram ao Banco do Brasil. Dois deles criminosos tiveram acesso à agência e conseguiram realizar a explosão.

Ainda de acordo com o delegado, a parte dos caixas eletrônicos em que fica o dinheiro não foi danificada e os assaltantes não conseguiram levar nenhuma quantia. Devido o barulho da explosão, os moradores ficaram assustados e a polícia foi comunicada sobre o caso.

Os bandidos com receio de serem presos fugiram em um veículo, de marca e placas não identificadas. Ainda ontem, policiais militares e da Seic estavam realizando diligências na região com o objetivo de prender os criminosos. “A polícia já começou o trabalho investigativo para identificar e prender esses quadrilheiros”, declarou o delegado.

Outras explosões

Na capital, três agências do Banco do Brasil foram explodidas este ano. O último foi na madrugada do dia 14 de março no bairro do Anil. A polícia informou que essa ação criminosa teve a participação de dois ou quatro assaltantes. Eles entraram na agência e conseguiram realizar a explosão, fugindo em seguida em um veículo prata, de placas não identificadas.

Há informações de que o alarme não acionou e ninguém responsável pelo sistema de videomonitoramento da empresa, que presta serviço ao banco, teria dado informações sobre o caso para a polícia.

Outros dois ataques ao Banco do Brasil foram registrados no primeiro mês deste ano. Um deles na madrugada do dia 23 de janeiro, quando os criminosos explodiram dois caixas eletrônicos de uma agência no Calhau, a menos de dois quilômetros da sede do Comando Geral da Polícia Militar.

Os bandidos após recolherem o dinheiro fugiram em um veículo vermelho, em direção ao bairro Renascença. A explosão deixou um rastro de destruição no local. A Seic investigou o caso e no dia 1º deste mês prendeu Franklin Licon Silva Araújo, Halison Hansen Santos Rego, Francisco das Chagas de Moraes Filho, Gabriel Santos Lopes e Mira Fortes Tanakawa, suspeitos de envolvimento no crime.

O outro caso de explosão foi na agência do bairro da Alemanha, no dia 17 de janeiro. Segundo a polícia, esse roubo foi realizado por um bando composto por cinco criminosos. Dois bandidos tiveram acesso ao banco e utilizaram um maçarico para arrombar o caixa eletrônico, enquanto os outros ficaram em um veículo, de marca e placas não identificadas, dando suporte aos companheiros.

Cerco policial

A polícia realizou ontem um cerco na cidade de São Domingos do Maranhão com o objetivo de prender quadrilheiros especializados em roubo a instituições financeiras. O delegado Carlos Alessandro de Assis, superintendente da Seic, informou que há seis meses uma equipe da Decrif estava monitorando Ivar Torres Azevedo e João Coutinho Santos Filho, o João Filho.

As investigações constataram que a residência desses criminosos serviam de base para assaltantes de bancos. “Os bandidos se encontravam nessa cidade para traçar as suas ações criminosas”, disse o delegado.

Ontem, segundo o delegado, policiais da Seic, militares e do Centro Tático Aéreo (CTA) cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas desses criminosos, em São Domingos do Maranhão. Na residência de Ivar Torres, foram apreendidos dois revólveres, dois rifles, uma carambina e quatro baterias estacionárias de origem ilícita e o criminoso foi preso em flagrante.

Na casa de João Coutinho, os policiais encontraram uma espingarda e várias munições. “Esse criminoso conseguiu fugir do cerco policial, mas as buscas continuam. Ele deve responder inquérito policial”, afirmou o delegado.

Entenda

Explosão de banco este ano no Maranhão

Dia 17 de janeiro: Banco do Brasil do bairro da Alemanha, na capital

Dia 23 de janeiro: Banco do Brasil do Calhau, na capital

Dia 14 de março: Banco do Brasil no bairro do Anil, na capital

Dia 9 de abril: Banco do Brasil na cidade de Santa Inês

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