SÃO LUÍS - Três advogadas da capital, nomes não revelados, são acusadas de repassarem ordens de internos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas para “faccionados” que estão fora da cadeia e de elaborar estatutos para criminosos e em troca de dinheiro. Esta informação foi repassada ontem pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) durante coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), na Vila Palmeira.
A cúpula da Seic informou, também, que na madrugada desta terça-feira, 9, foi realizada uma operação na Ilha, denominada Alvo Certo, que resultou na apreensão de fichas cadastrais de faccionados, computadores, celulares e documentos de integrantes de facções criminosas. Dez pessoas foram presas acusadas de tráfico de entorpecente e associação criminosa.
Os presos foram Suena Gusmão Cabral, na Vila Riod; Lilian Diniz Serra, no Coroado; Rubenal Silva Filho, no Pirapora; Johnyson Visqueira Gomes, em São José de Ribamar; Robson Douglas Gomes de Oliveira, no Sacavém; Dário Fonseca Oliveira, no Cohatrac; João Carlos dos Santos Vieira, Davi Andrade, Davila, Janaína Serra e Lilian da Silva Rodrigues, ambos no Cantinho do Céu.
O delegado-geral da Polícia Civil, Leonardo Diniz; o superintendente da Seic, delegado Carlos Alessandro de Assis; e o delegado Gil Gonçalves, chefe do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), órgão da Seic, participaram da coletiva.
Empreitada criminosa
O delegado Gil Gonçalves informou que as advogadas vinham sendo monitoras já há meses e ficou constatado que elas estavam realizando, além da movimentação dos processos criminais, repassando mensagens de apenados para faccionados fora do sistema prisional, chegaram a realizar até mesmo ajustes em estatutos de facções criminosas da Ilha.
Ainda durante o processo investigativo, a polícia identificou pessoas responsáveis em fazer o cadastro de novos faccionados e movimentar conta bancária para apenados de Pedrinhas. Uma conta bancária, com depósito de R$ 100 mil, chegou a ser bloqueada. “O dinheiro dessa conta era usado para custear ações criminosas”, disse o delegado.
Ontem, uma equipe da Seic e policiais das outras unidades da Polícia Civil realizaram a operação Alvo Certo. Um dos pontos vistoriados, em cumprimento a uma ordem judicial, foi a residência das advogadas onde apreenderam vários documentos, celulares e computadores.
Também durante o cerco policial foram presas 10 pessoas que foram conduzidas para a sede da Seic, no Bairro de Fátima. Com o detido Dário Fonseca, a polícia apreendeu meio quilo de cocaína, avaliada em torno de R$ 12 mil. “As investigações vão continuar, pois, há possibilidade de haver mais pessoas envolvidas nessa ação criminosa”, disse o delegado.
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