Um ano após o início das obras de requalificação da Rua Grande, serviços atingem a fase final e, de acordo com a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão – que realiza a obra em parceria com a Prefeitura de São Luís –, quatro das 10 quadras que integram o logradouro já foram renovadas, enquanto outras cinco seguem em etapas avançadas, recebendo acabamentos. Na 10ª e última quadra, os serviços devem ser iniciados nos próximos dias, para que a execução da obra seja finalizada ainda no mês de julho, conforme o cronograma. A O Estado, população elogiou a qualidade do serviço e os benefícios oferecidos pelo projeto que contemplou o maior centro comercial a céu aberto da capital.

As obras de requalificação da Rua Grande, iniciadas em 9 de abril de 2018, completaram um ano on­tem (9) e devem ser concluídas em cerca de três meses, em 31 de julho, de acordo com o Iphan. A reforma conta com substituição da estrutura de drenagem, pavimentação, implantação de sistema de fiação elétrica subterrânea, acessibilidade e está recebendo, ainda, bancos de madeira e aço padronizados, semelhantes aos das praças Deodoro e do Pantheon.

Todas estas intervenções integram a proposta de oferecer uma maior apropriação e valorização da Rua Grande, em uma série de obras por todo o seu percurso. A via, composta por 10 quadras, dispostas em quase um quilômetro de extensão, recebe, diariamente, milhares de visitantes, entre comerciantes, lojistas, consumidores e turistas, que já demonstram satisfação diante das quatro quadras concluídas, como ressaltou o vigilante Carlos Amorim, que tem mobilidade reduzida. “A nova Rua Grande está bem acessível, até mesmo para nós, portadores de deficiência. Quando finalizar, então, vai ficar tudo de bom para caminharmos e passearmos”, destacou.

A Rua Grande é uma marca no urbanismo e na história de São Luís. Identificada desde os primeiros registros da ocupação da cida­de, possui grande importância social e econômica, já que é peça fundamental na sustentabilidade das atividades comerciais da capital e na geração de emprego e renda no Centro Histórico. Integrando esse contexto urbano, estão as praças Deodoro e do Pantheon, as alamedas Silva Maia e Gomes de Castro, que passaram por reformas nos últimos meses após investimentos do Governo Federal de mais de R$ 30 milhões, por meio do Iphan.

Atualmente, os serviços estão sendo executados na 8ª e 9ª quadra do logradouro. De acordo com o Iphan, a pavimentação existente na penúltima quadra está sendo retirada para instalação da rede de distribuição de água, coleta de esgoto, rede elétrica subterrânea e drenagem. Em seguida, as atividades serão direcionadas à 10ª quadra, além da finalização e acabamento de serviços nas quadras anteriores, implantação de mobiliário e de infraestrutura para transposição da rede elétrica nas transversais de cinco quadras, o que possibilitará a ligação definitiva de iluminação pública das praças Deodoro e do Pantheon.

Apesar das dificuldades enfrentadas por quem passa pela Rua Gran­de durante o período da obra, os visitantes compreendem a situação e seguem esperançosos pela entrega do novo espaço, como pontuou o agente de portaria, Mauro Sousa. “No momento, a gente acha um transtorno, porque tudo que é para melhoria da população acaba sendo complicado no início, mas a gente acredita que vai ficar bom sim e que a obra vai trazer muitos bene­fícios para nós”, ressaltou.l

SAIBA MAIS

A requalificação urbana desse espaço essencial para o desenvolvimento de São Luís é a maior entre as obras que vem sendo realizadas pelo Iphan na capital maranhense. Nos últimos cinco anos, foram concluídas oito intervenções pelo PAC Cidades Históricas, somando cerca de R$ 14,2 milhões investidos pelo Governo Federal. Os recursos promoveram a requalificação da Praça da Alegria e restaurações da fachada de azulejo do sobrado da Praça João Lisboa, 37; do sobrado da Faculdade de História; do sobrado da Fapema; do Teatro Artur Azevedo; do antigo Fórum Universitário da UFMA (Curso de Direito); do Palácio Cristo Rei (Reitoria da UFMA); e do Museu de Artes Visuais. Também estão em execução as obras de restauração do Palácio das Lágrimas, da Junta Comercial, do Centro Artístico Operário, do Centro Educacional Guaxenduba, do Teatro João do Vale e do Teatro Tablado, com contratos que somam investimentos de R$ 10,9 milhões.

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