Editorial

Parkinson: um desafio a ser vencido

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

Este mês comemora-se o Dia Nacional do Parkinsoniano (4 de abril) data que alerta e conscientiza a sociedade sobre a importância de o paciente com o Mal de Parkinson procurar auxílio médico para o diagnóstico e o tratamento precoce. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente há cerca de 4 milhões de pessoas no mundo com a doença, acometendo 1% da população com mais de 65 anos.
No Brasil, cerca de 200 mil pessoas sofrem do problema. A estimativa é de que a incidência de casos seja de 100a 200 por 100 mil habitantes.
Estratificando as faixas etárias, a conclusão é de que 80% dos casos ocorrem entre os 65 e 75 anos e que 10% deles aparecem antes dos 45 anos. Portanto, Parkinson não é uma doença exclusivamente dos velhos.
O Mal de Parkinson, enfermidade que foi descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson, é uma doença neurológica, que afeta os movimentos da pessoa, a partir da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem uma substância chamada dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio além de alterações na fala e na escrita.
A pessoa acometida pela doença apresenta diminuição ou desaparecimento de movimentos automáticos (piscada de olhos, por exemplo), dificuldade para evacuar; falta de expressão no rosto e dores musculares, comprometimento do equilíbrio e dificuldades para começar ou continuar movimentos, problemas musculares e tremores.
O tremor ocorre quando nenhum movimento está sendo executado, e por isso é chamado de tremor de repouso. Por razões que ainda são desconhecidas, o tremor pode variar durante o dia.
Torna-se mais intenso quando a pessoa fica nervosa, mas pode desaparecer quando está completamente descontraída. O tremor é mais notado quando a pessoa segura com as mãos um objeto leve como um jornal. Os tremores desaparecem durante o sono.
Apesar dos avanços científicos, a doença ainda continua incurável, é progressiva (variável em cada paciente) e a sua causa ainda continua desconhecida até hoje.
A doença pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sexo, raça, cor ou classe social mas tende a afetar pessoas mais idosas. A grande maioria das pessoas tem os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos de idade. Mas pode também acontecer nas idades mais jovens, embora os casos sejam mais raros.
O diagnóstico da doença de Parkinson é feito por exclusão. Às vezes os médicos recomendam exames como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal, etc., para terem a certeza de que o paciente não possui nenhuma outra doença no cérebro. O diagnóstico da doença faz-se baseada na história clínica do doente e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para fazer o diagnóstico da doença de Parkinson, nem para a sua prevenção.
Apesar de não ser fatal, a doença progride geralmente até que deixe seus pacientes debilitados completamente. A circunstância agrava-se, geralmente, sobre uma média de 15 anos.

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