Estado Maior

Inchaço e pobreza

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

A edição de fim de semana de O Estado mostrou que o governador Flávio Dino (PCdoB) aumentou consideravelmente o número de cargos comissionados na estrutura do Poder Executivo no Maranhão.
No atual cenário, o comunista dispõe de 7.707 postos desse tipo. Até o ano de 2014, quando encerrou a gestão Roseana Sarney, existiam pouco mais de 5 mil cargos comissionados.
O inchaço da máquina pública reforça os relatórios técnicos que mostram o comprometimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com cerca de 46,55% da receita estadual utilizada para o pagamento do funcionalismo.
Apesar disso, Flávio Dino conseguiu recentemente a aprovação no Legislativo da Medida Provisória 291/2019, que institui o aumento do número de secretarias no Governo do Maranhão.
Pela medida, portanto, pode-se deduzir que o comprometimento da LRF e o inchaço da máquina não preocupam o chefe do Executivo.
Aliás, não é só esse aspecto que parece não o preocupar. Desde 2017, o Maranhão tem apresentado os piores indicadores sociais do país.
E no ano passado foi o estado que mais apresentou o aumento da extrema pobreza na federação.
Foi também um dos estados que teve a nota rebaixada e saiu da lista de bons pagadores da Secretaria do Tesouro Nacional, reflexo de uma gestão financeira, econômica e fiscal ineficiente e danosa no estado.
O cenário, portanto, é de inchaço da máquina pública e de pobreza extrema no Maranhão.
Pobre mudança.

Passeio
A presidente do Procon-MA, Karen Barros, foi uma das integrantes do grupo de brasileiros que passou os últimos dias participando da “Brazil Conference at Harvard & MIT 2019” em Boston, nos EUA.
Ela é namorada do deputado estadual Duarte Júnior (PCdoB), que coincidentemente também viajou aos Estados Unidos, bem como o governador Flávio Dino (PCdoB).
Ao que tudo indica, Karen foi ao evento a passeio, apenas para acompanhar Duarte. O Governo informou que ela não utilizou dinheiro público na viagem.

Trabalho?
Interessante é que, apesar de ter passado todos esses dias nos EUA, Karen atualizou o seu perfil em rede social com imagens de fiscalização do Procon que aconteciam em São Luís.
Ao contrário de Duarte e de todos os demais participantes do evento, ela não fez qualquer referência à conferência.
O Governo já foi acionado, mas ainda não explicou a falta de autorização para Karen ter deixado o país.

Está tudo bem…
O secretário chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, rechaçou qualquer crise na base governista no Legislativo Estadual.
De acordo com ele, a relação entre o Executivo e os deputados estaduais que integram a bancada é harmoniosa.
Só não explicou por que, diante dessa harmonia toda proposta, os parlamentares se rebelaram e boicotaram pauta de votações de interesse do próprio Governo.

Transparência?
O Governo do Maranhão deixou de atualizar o Portal da Transparência com dados referentes à arrecadação e gastos do segundo mandato de Flávio Dino.
No último sábado, por exemplo, já estavam ocultos todos os relatórios que dizem respeito aos mais de 90 dias de mandato em 2019.
E a transparência?

Ataque ou recuo
Depois de ter obstruído a pauta de votações do Governo como uma espécie de pressão a Flávio Dino pela liberação de emendas parlamentares, a base governista terá novo desafio esta semana.
Isso porque as matérias alvo de obstrução na quinta-feira devem retornar à pauta de votações a partir de hoje.
E os deputados rebelados terão de mostrar pulso firme, para continuar com a pressão sobre o Executivo. Caso contrário, basta recuar e permanecer na submissão ao comunista.

DE OLHO
R$ 6 milhões

foi o valor repassado pelo Governo Federal para a Prefeitura de São Luís até 2016 pela obra da maternidade na Cidade Operária

E a maternidade?
A maternidade prometida para a comunidade da Cidade Operária e adjacências segue com as obras de construção paralisadas.
A obra foi anunciada em outubro de 2013 pelo prefeito e teve os serviços iniciados em 2014. Chegou a receber aporte financeiro, mas não andou.
O empreendimento foi alvo de intensos debates na eleição de 2016, quando Edivaldo Holanda Júnior conseguiu reeleger-se para novo mandato. Até hoje, a população espera pela unidade.

E MAIS

• A Prefeitura Muncipal prometeu realizar concurso público na área da Saúde de São Luís, mas até agora não o realizou.

• Flávio Dino também prometeu concurso na área da Saúde, mas promoveu apenas um seletivo para a oferta de emprego na estrutura da Emserh.

• Passado mais um ano eleitoral, não se vê mais as máquinas do Mais Asfalto em qualquer município maranhense.

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