Mais saúde

Diretor de hospital fechado por Flávio Dino continua recebendo salário

Hospital Regional de Matões do Norte foi fechado em fevereiro e diretor, Raimundo Nonato Martins Fonseca, continua recebendo salários normalmente

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
De acordo com Secretaria de saúde, "obras" seguem normalmente nos Hospital de Matões do Norte
De acordo com Secretaria de saúde, "obras" seguem normalmente nos Hospital de Matões do Norte (Hospital Matões do Norte)

Em fevereiro de 2019 o Governo do Maranhão anunciou o fechamento, para supostas reformas, do Hospital Regional de Matões. Apesar da importância da unidade de saúde para a população da região, até hoje a justificativa da atitude não foi devidamente explicada. Cerca de dois meses após o fechamento da unidade e após uma série de demissões, o diretor do hospital, Raimundo Nonato Martins Fonseca continua na folha de pagamento. Além dele, outros técnicos também foram mantidos na folha de pagamento da unidade que deixou de funcionar.

O Hospital Regional de Matões do Norte foi inaugurado em janeiro de 2014 e fica situado às margens da BR-135, km 135. Antes de ser fechado, o Hospital Regional de Matões realizava mais de 50 mil atendimentos anuais nas especialidades de serviços de clinica cirúrgica, enfermagem, nutrição, fisioterapia, serviço social, eletrocardiograma, ultrassonografia, análise clínica, raios-X e outras especialidades.

Funcionários demitidos em fevereiro afirmaram que eram cerca de 200 profissionais envolvidos nos processos que. Após a determinação do fechamento para supostas obras, eles foram reduzidos a 29 que continuam recebendo ordenado. Juntos eles custam R$ 80 mil por mês aos cofres do governo. Os dados são Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH).

Ainda constam na folha de pagamento do hospital 8 enfermeiros, 5 supervisores administrativos, 3 farmacêuticos, 1 auxiliar administrativo, 1 encarregado de rouparia, 1 auxiliar de farmácia, 1 coordenador de farmácia, 1 superintendente de enfermagem de centro cirúrgico, 1 encarregado de serviços gerias, 1 recepcionista, 1 nutricionista, 1 auxiliar de farmácia, 1 encarregado de RH, 1 encarregado de almoxarifado, 1 coordenador de enfermagem, 1 superintende de enfermagem. Além do diretor Raimundo Nonato Martins Fonseca e um encarregado de faturamento.

Todos os 29 remanescentes do hospital após o fechamento do hospital continuam recebendo em dia. A situação contrasta com a de vários profissionais que trabalharam na unidade enquanto ela funcionava e foram demitidos em fevereiro. Vários deles relataram que não receberam os salários de dezembro de 2018 e janeiro de 2019.

O Estado entrou em contato por aplicativo de mensagem com o diretor Raimundo Nonato. Ele afirmou que estava nas dependências do hospital na tarde desta sexta (05) trabalhando normalmente. Raimundo Nonato não soube dar informações sobre o quadro do hospital antes do fechamento para reformas.

GOVERNO SE MANIFESTA

Por meio de nota a Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que a unidade está em reforma e será reaberta ainda no mês de abril. Apesar de apenas 29 servidores constarem na folha de pagamento da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), a SES ainda informou que não houve descontinuidade do vínculo trabalhista de nenhum trabalhador.

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