Indeferido

Justiça mantém delegado Thiago Bardal na prisão

Ex-superintendente da Seic teve o pedido de habeas corpus negado; ele está preso desde novembro do ano passado por suposto envolvimento em organização criminosa e corrupção passiva

Daniel Matos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Acusado de chefiar quadrilha, Thiago Bardal teve habeas corpus negado
Acusado de chefiar quadrilha, Thiago Bardal teve habeas corpus negado (Habeas corpus indeferido)

O delegado e ex-superintendente estadual de Investigações Criminais (Seic) Thiago Bardal continuará preso em uma das celas do presídio da Polícia Civil instalado na Cidade Operária. Ele foi preso no dia 28 de novembro do ano passado acusado dos crimes de organização criminosa e corrupção passiva. No último dia 28. Bardal teve mais um pedido de habeas corpus negado pelo desembargador José Luiz Oliveira, da 2° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão.

A defesa do legado impetrou um habeas corpus no Tribunal de Justiça, mas o relator do processo, desembargador José Luiz Oliveira, indeferiu o pedido. De acordo com a polícia, Bardal seria mentor de um esquema criminoso que repassava informações privilegiadas de operações da Polícia Civil para criminosos e de extorquir quadrilhas interestaduais especializadas em roubo a bancos.

Bardal foi preso em cumprimento de ordem judicial em companhia do investigador da Polícia Civil João Batista de Sousa Marques e dos advogados Wether Ferraz Júnior e Ary Cortez Prado Júnior, de Imperatriz. A polícia informou que a ação criminosa vinha acontecendo desde 2015, ano em que Thiago Bardal assumiu a chefia da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). O grupo chegou a receber a quantia de R$ 100 mil por um assalto realizado e cobrou, ainda, para evitar a prisão de líderes das organizações. Na maioria das vezes, a cobrança era feita por intermédio dos advogados.

Contrabando

Bardal também chegou a ser preso no dia 2 de março do ano passado em cumprimento de ordem judicial, mas foi solto no dia 24 de maio, por suspeita de ser um dos líderes de um bando internacional especializado em contrabando de mercadorias. Ele respondia, ainda, pelos crimes de prevaricação e peculato.

Uma operação da Polícia Militar realizada entre a noite de 21 de fevereiro do ano passado e a noite seguinte desarticulou uma organização especializada em contrabando de mercadorias. O ponto-base do bando era um sítio no povoado Arraial, no bairro Quebra Pote, onde existia até um porto clandestino. No mesmo cerco policial, foram apreendidos veículos, armas, munição, dinheiro e uma carga de uísque e cigarros contrabandeados. Policiais militares, empresários e políticos também foram presos.

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