Condenção

Militar é condenado por homicídio em uma festa em Zé Doca

Hélio de Jesus Lindoso terá que cumprir 10 anos de reclusão por um assassinato e uma tentativa de homicídio

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

SANTA INÊS - O policial Hélio de Jesus Lindoso ainda ontem estava preso no quartel da Polícia Militar de Santa Inês. No último dia 26, ele foi condenado pelo Tribunal do Júri a 10 anos de reclusão, a ser cumprido inicialmente em regime fechado pelo assassinato de Antônio Marcos Moura Gama e tentativa de homicídio, que teve como vítima Fernando Moura Gama. Osa dois eram irmãos. O crime ocorreu durante uma festa de virada do ano em janeiro de 1996, em um clube de eventos, na cidade de Zé Doca.

O julgamento foi realizado no fórum de Santa Inês, presidido pela juíza Denise Pedrosa. A acusação foi feita pelo promotor de Justiça José Artur Del Toso Júnior, enquanto a defesa pelo advogado Erivelton Lago.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MP), durante a festa, o policial discutiu com os irmãos e Antônio Marcos acabou alvejado pelo militar e morreu ainda no local. Já Fernando Moura foi atingido por um tiro no tórax, sendo submetido a uma cirurgia e sobrevivido.

No julgamento, o conselho de sentença rejeitou o pedido de absolvição feito pela defesa do acusado, bem como rejeitou a tese de ele ter agido sob violenta emoção. Entretanto, acatou a ideia de que o autor dos disparos estava parcialmente embriagado, rejeitando a qualificadora de motivo fútil. Pelo crime de homicídio, o militar recebeu a pena definitiva de seis anos de prisão. Em relação ao crime de tentativa de homicídio, o réu recebeu a pena definitiva de quatro anos de prisão. A Justiça negou a ele o direito de recorrer em liberdade.

Mais julgamento

Na quarta-feira, 27, ocorreu mais uma sessão do tribunal do júri no Fórum de Santa Inês. Sentou no banco dos réus o ex-policial militar Raimundo Alves da Cunha acusado de fazer parte de um grupo de extermínio que teria executado Alan Rodrigues da Costa no dia 23 de janeiro de 1998.

A denúncia feita pelo Ministério Público narra que um dos tiros que matou Alan da Costa teria sido originado da arma do ex-militar. O conselho de sentença decidiu pela absolvição do réu. A sessão do tribunal do júri foi realizada sem a presença de Raimundo Alves da Cunha. A acusação foi feita pelos promotores de Justiça Sandro Carvalho Lobato, Fábio Santos de Oliveira e José Artur Del Toso Júnior, e na defesa o advogado Uallasse Rocha Louzeiro.

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