Homens ganham, em média, 44,9% a mais que mulheres, detecta plataforma

No Maranhão, a maior diferença favorável aos homens com nível superior foi de 33%, aponta levantamento do Quero Bolsa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

Estudar mais melhora a renda de homens e mulheres, mas não garante a igualdade salarial entre ambos. A conclusão surpreendente é de estudo elaborado pela área de Inteligência da plataforma Quero Bolsa, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sobre profissões e salários.

Em 2018, segundo o mais recente dado do Caged, a renda média mensal dos trabalhadores contratados para funções com exigência de nível superior foi de R$ 3.756,84 para homens e R$ 2.592,65 para mulheres. Uma diferença de 44,9% a favor dos homens. Quando analisada a média salarial entre os gêneros de trabalhadores com até ensino médio completo, a diferença foi de 10,89%, com homens ganhando R$ 1.570,89 e mulheres com R$ 1.416,60 por mês.

Ingressar na faculdade, sem dúvida, ajuda homens e mulheres a aumentarem seus ganhos. Na prática, mais anos de estudo aumentou 139,15% a renda dos homens e 83,02% a das mulheres.

Mas a constatação é de que em todos os estados a média salarial dos homens é maior do que a das mulheres. As diferenças mais significativas foram registradas no Maranhão (33,3%), Sergipe (29,99%) e Bahia (29,37%), enquanto Roraima (4,74%), São Paulo (6,69%) e Pernambuco (11,45%) são as localidades onde homens e mulheres têm os salários mais próximos entre si (ver mapa).

No Maranhão, a profissão com maior diferença salarial favorável aos homens foi Engenheiro Civil. O salário médio pago aos profissionais do sexo masculino foi de R$ 6.474,78, enquanto as mulheres na mesma função receberam R$ 4.863,71, diferença de 33,12%. Entre as carreiras de nível superior com validade estatística para análise, nenhuma apresentou vantagem salarial significativa para as maranhenses.

Os salários médios pagos a homens e mulheres e as respectivas diferenças percentuais entre eles podem ser consultados diretamente na plataforma Quero Bolsa, no Guia de Profissões e Salários. A nova funcionalidade do site foi desenvolvida para ajudar na tomada de decisão de estudantes de acordo com a média salarial da profissão que pretendem seguir organizada por estado, mas também se revelou uma importante fonte de informação para o público em geral.

Ao todo foram avaliados os salários médios pagos a homens e mulheres em 600 ocupações com contratações no País ao longo de 2018, segundo o Caged. Destas, apenas 90 apresentaram diferença superior a 5% favorável às mulheres. As ocupações onde mulheres ganham mais do que homens se concentram nas áreas de educação e saúde. Já os salários oferecidos aos homens foram pelo menos 5% maiores em 357 ocupações. Outras 153 profissões tiveram diferenças salariais inferiores a 5%, o que pode ser considerada igualdade salarial.

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