Opinião

São Luís: problemas que se acumulam

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

São Luís, prestes a completar 407 anos, fundada por franceses em 1612, invadida por holandeses e colonizada por portugueses. Ilha de Upaon Açu, Ilha do Amor, cidade dos azulejos, Atenas Brasileira, Jamaica Brasileira, são tantas as denominações para a capital do Maranhão, elevando-a, sendo motivo de orgulho para todos os seus filhos e aqueles que vieram de outros lugares e a adotaram como terra, mãe gentil. Essa é São Luís, cidade patrimônio da humanidade, terra de poetas, de gente acolhedora, e de uma orla encantadora.
Mas por detrás de toda essa beleza e orgulho, existem problemas que décadas que com o passar dos anos só se agravam. A população cresceu, a cidade se expandiu de forma desordenada e o impacto pode ser visto no dia a dia de seus munícipes. Falta de saneamento, abastecimento irregular de água, ruas sem pavimentação, trânsito caótico, sem falar na saúde e educação, que deixam a desejar.
Recursos existem, o que falta é planejamento. Entra gestão, sai gestão, e não se pensa a cidade a longo prazo. Não à toa, atualmente as ruas e avenidas da cidade encontram-se estranguladas, com congestionamentos, por falta de visão, de antevê uma situação futura e buscar solução antecipada.

A população já não aguenta mais esperar solução para inúmeros problemas que vão se acumulando e crescendo


A visão do gestor de hoje é a mesma de décadas atrás, é ficar no gabinete somente procurando resolver problemas – isso quando resolve – como, por exemplo, o serviço de tapa-buracos das vias (e é de praxe que isso só ocorra quando já está chovendo) e não antes, com um levantamento prévio. E, geralmente, esse serviço feito já no período chuvoso é dinheiro jogado fora, pois se esvai como o asfalto mal feito levado pela enxurrada.
O inverno rigoroso deste ano está expondo a fragilidade da capital na área da infraestrutura. Em todos os cantos da cidade, a população reclama de buracos, esgotos estourados, insegurança, alagamentos entre outras situações que a penalizam.
É justamente por não verem seus problemas resolvidos, ou pelo mau serviço público prestado há décadas, que moradores de comunidades se unem para protestar, o que acaba por impactar na vida de outras pessoas, pois no momento em que se fecha uma via, não há mobilidade e muitos não conseguem chegar ao seu trabalho, à escola, a um hospital ou a qualquer outro destino.
Também há que se cobrar do parlamento que seja mais sensível às causas da população. Que os vereadores sejam mais enfáticos na cobrança ao gestor municipal ou que se mostrem mais solidários a determinada comunidade face aos seus problemas. Pois é isso que os eleitores esperam de seus representantes no legislativo. Eles foram eleitos não para ocupar uma cadeira, mas para legislar, cobrar e fiscalizar a administração municipal.
A população já não aguenta mais esperar solução para inúmeros problemas que vão se acumulando e crescendo, sendo “empurrados com a barriga” até que ocorra alguma coisa mais grave para que somente então seja tomada uma providência. Ai já é tarde e “Inês é morta”, ou seja, é tarde demais para tomar alguma atitude.

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