Retirada

Presidente do CE diz que é ''possível'' prorrogar Brexit

Falta parlamento britânico aprovar acordo; data inicialmente prevista para o Reino Unido deixar o bloco é 29 de março. primeira-ministra Theresa May pediu para adiar até 30 de junho

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, fez uma declaração sobre o Brexit ontem, 20
Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, fez uma declaração sobre o Brexit ontem, 20 (Reuters)

LONDRES - O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse ontem, 20, que é possível prorrogar o prazo para o Brexit se Parlamento britânico aprovar um acordo de retirada. A data inicialmente prevista para o Reino Unido deixar o bloco é 29 de março, mas a premiê Theresa May pediu uma extensão do prazo até 30 de junho.

"Acho que uma pequena extensão será possível, mas estará condicionada à aprovação do acordo de retirada na Câmara dos Comuns [a câmara baixa do Parlamento britânico]", declarou Tusk em comunicado à imprensa.

Tusk disse ter conversado com a premiê britânica por telefone. Porém, para prorrogar a permanência no bloco, o pedido precisa da aprovação de todos os 27 países membros, o que ainda não está garantido. Tusk afirmou que os líderes europeus se reunirão em Bruxelas para discussão hoje 21.

Com a extensão do prazo, May espera conseguir conseguir, em uma terceira votação, aprovar um acordo para garantir uma saída ordenada do bloco europeu.

Os parlamentares britânicos já rejeitaram por duas vezes o acordo negociado entre May e Bruxelas. A situação se agravou após John Bercow, o líder da Câmara dos Comuns rejeitar uma terceira votação sobre o mesmo texto a não ser que haja mudanças substanciais.

Tentativas de acordo

A proposta original de acordo proposta por Theresa May, aprovado por Bruxelas em novembro de 2018, foi recusada pelo parlamento britânico em 15 de janeiro, por 432 votos contra e 202 a favor, a maior derrota do governo na história moderna – o recorde anterior era de 1924, com diferença de 166 votos.

Depois disso, o Parlamento aprovou duas emendas ao projeto: uma delas exigindo mudanças no que estava originalmente proposto para a fronteira da Irlanda com a Irlanda do Norte; e outra, consultiva, que "rejeita que o Reino Unido deixe a União Europeia sem um Acordo de Retirada e um Marco para o Futuro Relacionamento".

4 perguntas para entender porque a fronteira irlandesa é crucial

A decisão sobre o que fazer com a fronteira física entre a Irlanda (integrante da UE) e a província britânica da Irlanda do Norte (integrante do Reino Unido) é um ponto que emperra a aprovação do acordo. A ideia é que o Brexit não prejudique o frágil Acordo de Paz de 1998 entre as Irlandas.

Em uma segunda votação, no dia 12 de março, uma nova proposta de acordo foi rejeitada. Foram 391 votos contra e 242 a favor.

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