Devastação

Número de vítimas de ciclone deve crescer, diz Cruz Vermelha

Presidente moçambicano fala em aproximadamente mil vítimas; 600 mil pessoas foram afetadas e 100 mil precisam ser urgentemente resgatadas. Passagem de ciclone na quinta,14, deixou mais de 180 mortos nos dois países

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Nomatter Ncube senta-se com seus filhos diante de sua casa destruída pela passagem do ciclone Idai
Nomatter Ncube senta-se com seus filhos diante de sua casa destruída pela passagem do ciclone Idai (Reuters)

MOÇAMBIQUE - O número de mortos após a passagem do ciclone Idai por Moçambique e Zimbábue deve "crescer significativamente", alertou a Cruz Vermelha ontem, 19. O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse em entrevista para uma rádio estatal que o número de vítimas pode chegar a mil.

O ciclone atingiu o centro de Moçambique na noite de quinta-feira (14) e avançou rumo ao Zimbábue e o Malaui, destruindo tudo em sua passagem: estradas, escolas, casas, lojas, hospitais e até mesmo uma represa.

O número de mortes confirmadas até segunda-feira,18,, segundo balanço divulgado pela agência de notícias Reuters, era de 84 em Moçambique e 98 no Zimbábue, totalizando 182 mortes nos dois países.

O governo disse que 600 mil pessoas foram afetadas e 100 mil precisam de ser urgentemente resgatadas perto da cidade de Beira, a segunda maior de Moçambique, informou a BBC.

De acordo com um comunicado divulgado pelo arcebispo do município, estima-se que cerca de 140 mil famílias tenham tido prejuízos, das quais entre 10% e 20% perderam tudo. Beira e seu arredores ficaram 90% danificados ou destruídos.

"Não temos números claros sobre mortos, mas estamos olhando para áreas enormes que estão debaixo d'água. Estamos vendo quilômetros de aldeias sob vários metros de água", afirmou Gerard Burke, do Programa Mundial de Alimentos da ONU.

Imagens de satélite

A Cruz Vermelha trabalha com a Nasa e a Agência Espacial Europeia para obter imagens de satélite que possam ajudar no resgate de vítimas.

As três organizações operam juntas para "ter uma visão completa da área e do número de pessoas presas lá", disse à Reuters Caroline Haga, da Cruz Vermelha.

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