Ponta da Madeira

Vale está redirecionando navios do Sudeste para SL

Movimento crescente de navios fundeados na Baía de São Marcos se deve à redução na produção nas minas do sistema Sudeste e à paralisação temporária do Terminal de Ilha Guaíba, no Rio de Janeiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Quem passa pela orla da capital observa o grande número de navios fundeados na Baía de São Marcos à espera para atracar nos portos de SL
Quem passa pela orla da capital observa o grande número de navios fundeados na Baía de São Marcos à espera para atracar nos portos de SL (navio)

Nos últimos dias, tem-se verificado um grande número de navios em espera na Baía de São Marcos, para atracação no complexo portuário de São Luís, o que tem chamado a atenção de quem passa pela Avenida Litorânea. São embarcações de grande porte para o embarque e desembarque de cargas nos portos do Itaqui, Vale e Alumar.
Mas o aumento dos navios na baía tem um motivo a mais que o aumento do embarque de grãos, que ocorre sempre nesse período. Isso acontece principalmente porque o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM) está recebendo navios que foram redirecionados dos Terminais de Ilha Guaíba (RJ) e Tubarão (ES).
“Esse redirecionamento das embarcações é decorrente da redução na produção nas minas do sistema Sudeste e da paralisação temporária do Terminal de Ilha Guaíba no Rio de Janeiro”, informou a Vale, em nota.
Por conta da tragédia ambiental de Brumadinho (MG), que levou à suspensão das atividades das mi­nas perto das 10 barragens a serem descomissionadas (esvaziadas), a mineradora deve produzir menos 40 milhões de toneladas e minério de ferro ao ano, além de reduzir cerca de 10 milhões de toneladas de pelotas (pequenas bolinhas feitas a partir de minério de ferro fino, usadas na fabricação de aço).
A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) informou não haver crescimento de navios, posto que “a operação e a movimentação de embarcações no Porto do Itaqui, no momento, está de acordo com o esperado para o período de safra da soja. Sendo que os dois terminais de embarque desse grão - Tegram e VLI - estão operando normalmente”.

Movimentação
Com esse redirecionamento de navios do Sudeste para o Maranhão, a Mina de Carajás deverá ser demanda ainda mais em termos de produção, e o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, terá incremento significativo de movimentação, fato que o confirmará como destaque entre os portos privados, conforme vem sendo atestado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Em 2018, o terminal movimentou 198,1 milhões de toneladas, representando 28 milhões de toneladas (17%) a mais do que em 2017. Apenas esse aumento equivale a toda movimentação do Porto do Rio Grande (RS), em 2018, que é o 9º brasileiro em movimentação.
O terminal privado da Vale é especializado na movimentação de minério de ferro. Ano passado, Ponta da Madeira operou 48% do total do minério de ferro movimentado pelo conjunto das instalações portuárias brasileiras (portos públicos e terminais privados).
Já o porto público de Santos, outro gigante da movimentação, é um porto generalista e opera diversos tipos de carga. O maior complexo portuário do país movimentou 107,5 milhões de toneladas, representando leve alta de 0,87% em relação ao ano anterior. Este número leva em conta apenas o porto e seus terminais arrendados e não os terminais de uso privado (TUPs) localizados na área do porto.

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