Editorial

22 de março: Dia Mundial da Água

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

Na próxima sexta-feira, 22, se celebra o Dia Mundial da Água, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 21 de fevereiro de 1993. Infelizmente, a data não tem sido motivo de comemoração, mas de preocupação em todo o mundo, diante da escassez cada vez maior desse líquido da vida.

Não por acaso, que nessa data, se realizam ações com o objetivo de se refletir sobre o significado da água. É um momento de alertar a população mundial a cerca da importância da preservação hídrica para a sobrevivência de todos os ecossistemas do planeta.

O planeta Terra possui 97% de água salgada encontrada nos mares e oceanos, 2% formam as geleiras que são inacessíveis e somente 1% é de água doce.

E nesse pouquinho de água existente no planeta, que sofre ameaças por falta de preservação, o Brasil é privilegiado, pois mais de 11% de toda a água doce está em nosso país. Sem falar que temos o maior rio do mundo - o Amazonas - maior reservatório de água subterrânea do mundo.

Mais diretamente ligados ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de nº 6, a água segura e o saneamento adequado são indispensáveis para ecossistemas saudáveis, à redução da pobreza e o alcance do crescimento inclusivo, do bem-estar social e de meios de subsistência sustentáveis.

Entretanto, a realidade que se vê é que a má gestão e mudanças climáticas aumentaram o estresse hídrico e a escassez de água passou a ser um grande problema em muitas partes do mundo.

Relatório da ONU revela que mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável e mais de 4,5 bilhões a serviços de saneamento adequados. E que até 2050, pelo menos uma em cada quatro pessoas viverá em um país onde a falta de água potável será crônica ou recorrente.

Além da escassez de água em algumas regiões, enfrenta-se o problema da baixa qualidade. A poluição causada pelas atividades humanas faz com que a água esteja disponível, porém não esteja própria para o consumo.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) cerca de 1.400 crianças menores que cinco anos de idade morrem todos os dias em decorrência da falta de água potável, saneamento básico e higiene. Outro dado preocupante é que no mundo, as mulheres e as meninas gastam 200 milhões de horas coletando água todos os dias.

O relatório termina com uma série de recomendações que podem ajudar a conter o impacto das mudanças climáticas sobre a vida das crianças.

Tais medidas incluem o planejamento, por parte dos governos, de mudanças na disponibilidade e demanda de água nos próximos anos. Acima de tudo, isso significa priorizar o acesso das crianças mais vulneráveis à água potável acima de outras necessidades de água para maximizar os resultados sociais e de saúde.

Portanto, é importante que cada um faça a sua parte - poder público, empresas, sociedade civil organizada - para que o país preserve as suas fontes de água. E que mais um dia 22 de março não fique somente em discursos, mas em práticas a favor da água e da vida.

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