Cesta básica

Cesta básica comprometeu 40,17% do salário do trabalhador ludovicense

Segundo pesquisa realizada pelo Dieese, trabalhador de São Luís, cuja remuneração equivale ao salário mínimo, necessitou cumprir jornada de trabalho de 81 horas e 18 minutos, em fevereiro, para comprar a cesta de alimentos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Feijão carioquinha foi o grande vilão em fevereiro, com alta de 60,68%
Feijão carioquinha foi o grande vilão em fevereiro, com alta de 60,68%

Com o valor da cesta básica em R$ 368,82, aumento de 4,23%, o trabalhador ludovicense comprometeu 40,17% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários) no mês de fevereiro, com a aquisição de alimentos de primeira necessidade. O comprometimento no orçamento familiar foi maior que o de janeiro, quando ficou em 38,54%.

Além desses dados, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela ainda que o trabalhador ludovicense cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir jornada de trabalho de 81 horas e 18 minutos, em fevereiro de 2019, para comprar a cesta. Em janeiro, o tempo necessário foi de 78 horas e 00 minuto. Já em fevereiro de 2018, a jornada média foi de 82 horas e 16 minutos.

Apesar do aumento de 4,23%, São Luís foi a cidade com o segundo menor custo da cesta, entre as 18 pesquisadas pelo Dieese. Em 12 meses, a variação foi de 3,39% e nos dois primeiros meses de 2019, de 4,36%.

Entre janeiro e fevereiro de 2019, sete produtos tiveram alta: feijão carioquinha (60,68%), banana (5,75%), manteiga (3,63%), leite integral (2,13%), óleo de soja (2,07%), açúcar refinado (1,84%) e arroz agulhinha (1,22%). Os demais itens sofreram redução: café em pó (-4,93%), farinha de mandioca (-3,48%), tomate (-0,67%), pão francês (-0,57%) e carne bovina de primeira (-0,46%).

Em 12 meses, 8 produtos acumularam alta: feijão carioquinha (106,59%), leite integral (16,36%), açúcar refinado (15,42%), arroz agulhinha (14,09%), óleo de soja (6,47%), pão francês (6,10%), carne bovina de primeira (5,37%) e manteiga (3,30%). Somente a farinha de mandioca (-30,84%), o tomate (-20,36%), o café em pó (-11,69%), e a banana (-1,90%) acumularam taxas negativas.

Aumento

Em fevereiro de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais subiu em quase todas as capitais, exceto em Belém (-0,27%), conforme mostram os resultados da pesquisa do Dieese em 18 cidades. As altas mais expressivas ocorreram em Recife (7,88%), Natal (6,75%), Aracaju (6,46%) e Vitória (5,97%).

A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 482,40), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 464,47) e por Porto Alegre (R$ 449,95). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 362,93) e São Luís (R$ 368,82).

Em 12 meses, entre fevereiro de 2018 e o mesmo mês de 2019, todas as cidades acumularam alta. Merecem destaque as elevações registradas em Campo Grande (17,66%), Goiânia (14,39%) e Belo Horizonte (11,29%).

Nos primeiros dois meses de 2019, 13 cidades apresentaram aumento acumulado. Vitória (11,33%), Recife (10,50%) e Natal (10,01%) foram as localidades com as principais elevações. Outras cinco acumularam queda, com destaque para Florianópolis (-3,48%) e Porto Alegre (-3,18%).

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