Saneamento

Apenas 6,5% dos municípios maranhenses têm rede de esgoto sanitário

Dados revelados via Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos (SNIS-AE) mostram ainda que mais de 22% das cidades não têm abastecimento de água

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Segundo levantamento, só 14 municípios maranhenses são atendidos com redes de esgotamento sanitário
Segundo levantamento, só 14 municípios maranhenses são atendidos com redes de esgotamento sanitário (esgoto)

SÃO LUÍS - Os mapas sobre a rede coletora de esgoto no Brasil mostram uma desigualdade existente na distribuição desse serviço no território nacional. Segundo dados do 23º Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos (SNIS-AE), documento publicado pela Secretaria Nacional de Saneamento (SNS) do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), referente ao ano de 2017, apenas 14 municípios maranhenses são atendidos com redes de esgotamento sanitário. Isso representa apenas 6,5% dos municípios de todo o estado.

O Maranhão é, também, o 6º pior estado do país em coleta de esgoto, com recolhimento de pouco mais de 12% do que é produzido. Desse total, apenas 13% é tratado. Esses dados, que são do Instituto Trata Brasil, apontam ainda que a capital, São Luís, trata somente 11% do esgoto produzido na cidade.

No Nordeste, apenas 27,8% dos municípios da região possuem rede de esgotamento sanitário. Saneamento é essencial e envolve uma série de questões, impactando na saúde da população e, por consequência, na economia. As redes coletoras de esgoto do país atendem 60,2% da população.

O SNIS-AE aponta a necessidade de elevação dos índices de tratamento de esgotos. O volume efetivamente tratado - considerando-se o que é gerado - alcança 46% do total. Atualmente, no Brasil, mais de 100 milhões de pessoas não têm acesso à coleta de esgoto. Os dados revelam que apenas 44,92% dos esgotos do país são tratados. Além disso, a média das 100 maiores cidades brasileiras em tratamento dos esgotos foi de 50,26%.

Abastecimento de água
Um dos pontos também analisados pelo diagnóstico é voltado as redes de abastecimento de água em todo o país. No Maranhão, por exemplo, 22,5% dos municípios ainda não têm rede de abastecimento de água. Os dados consideram apenas o atendimento feito exclusivamente por redes públicas. Portanto, não estão incluídas soluções individuais como poços e nascentes.

Para a pesquisa, 93% da população urbana dos 5.126 municípios brasileiros analisados (92% do total) contam com redes de abastecimento de água. Isso significa que cerca de 160 milhões de pessoas têm acesso a esse serviço. A região Sul, com 98,4% de atendimento, lidera o quesito quando são comparadas as macrorregiões do país. Na sequência, aparecem Centro-Oeste, com 98,1%; Sudeste, com 95,9%; Nordeste, com 88,8%; e, por fim, o Norte, com 70%.

O SNIS-AR revelou, ainda, que o volume de água tratada desperdiçada no Brasil está acima do patamar de 30% em todas as macrorregiões. A região com melhor resultado foi o Centro-Oeste, com 34,1% de perdas na distribuição. O Sudeste teve resultado próximo, com 34,4%. O pior desempenho foi registrado no Norte, com perda de 55,1% da água tratada.

Saiba Mais

Esgotamento sanitário no Brasil

Com base no 23º SNIS-AE, 60,2% da população urbana contam com rede coletora de esgotos. Das macrorregiões brasileiras, a que apresenta maior cobertura quanto à coleta de esgotos na área urbana foi a Sudeste, com 83,2% dos municípios nessa situação. Na outra extremidade encontra-se a macrorregião Norte, em que apenas 13,0% dos esgotos gerados são coletados.

Além da necessidade de investimentos na ampliação da coleta de esgotos, garantindo esse serviço a uma maior parcela da população, o SNIS aponta a necessidade de se elevar os índices de tratamento de esgotos. O volume de esgoto que é efetivamente tratado, do total que é gerado, ainda é baixo no país, alcançando apenas 46,0%.

No que se refere aos volumes de esgotos coletado e tratado, foi observado o acréscimo de 252,5 mil (4,6%) e de 122,9 mil metros cúbicos (3,0%), respectivamente, quando comparado aos dados identificados no diagnóstico publicado no ano anterior.

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