SÃO LUÍS -“O último trago”, filme dirigido por Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti, apresenta algumas das marcas dos diretores: um sentido político agudo e a capacidade de traduzir em sons e imagens os conflitos da sociedade brasileira. Os diretores compõem uma alegoria sobre a herança indígena brasileira através de simbolismos e conseguem dialogar com o momento atual do país. Em um dos diálogos mais fortes do filme, a personagem comenta: “A catástrofe é uma realidade. E suas sombras obstruem a visão". A produção está em cartaz na capital no Cine Lume, com sessões às 20h30.
Lançado no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 2016, onde levou os troféus candango de melhor montagem (Clarissa Campolina), atriz coadjuvante (Samya de Lavor) e direção de fotografia (Ivo Lopes Araújo), o filme também marca o fim das atividades da produtora Alumbramento, que ao longo de 11 anos de atividade produziu 13 longas – tornando-se um dos coletivos de cinema mais produtivos e premiados da história recente do cinema brasileiro.
“O Último Trago” nasceu a partir do encontro entre a produtora Vânia Catani (“O Palhaço”, “A Festa da Menina Morta” e “Narradores de Javé”) e os diretores da Alumbramento, que em 2010 lançaram seu primeiro longa, "Estrada para Ythaca". A ideia era criar um projeto que reunisse a experiência de produção de Vânia Catani com a ousadia e inventividade dos realizadores. Durante esse percurso, o roteirista Francis Vogner dos Reis se juntou a Pedro, Ricardo e Luiz para juntos desenvolverem o roteiro do filme.
Com fotografia de Ivo Lopes Araújo ("A Cidade Onde Envelheço", "Tatuagem"), "O Último Trago" começa quando uma mulher ferida (Samya de Lavor) é capturada à beira da estrada por um personagem enigmático (Rodrigo Fischer). Em uma boate, sob os olhares de seu captor e do público, ela dança até chegar a uma espécie de transe ritualístico e primal, evocando uma mulher indígena e levando o espectador a outro tempo e espaço: o sertão nordestino em algum momento do século XX, onde novamente a essa figura indígena será evocada.
Onírico, alegórico e político, o filme passa por diversos gêneros do cinema, do drama ao suspense, em seus três atos narrativos. E nele “os vivos pedem vingança. Os mortos minerais e vegetais pedem vingança. É a hora do protesto geral. É a hora dos vôos destruidores. É a hora das barricadas, dos fuzilamentos. Fomes, desejos, ânsias, sonhos perdidos, misérias de todos os países, uni-vos!”.
Entre novembro e dezembro de 2015, filme foi rodado no Ceará, durante cinco semanas, nas cidades do Cumbe (Aracati), Missi (Irauçuba), Pecém e Fortaleza. A equipe foi formada por profissionais de diversos estados do Brasil: Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Pernambuco, e contou com recursos da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará provenientes do Edital de Cinema e Vídeo, e complementação financeira da Ancine, através do Fundo Setorial do Audiovisual.
O elenco apresenta Rodrigo Fischer, Samya de Lavor, Vitor Colares, Romulo Braga, Elisa Porto, Stephane Brodt, Daniel Medina, Nataly Rocha e Mariana Nunes, entre outros. A distribuição comercial é da Lume Filmes.
Ficha Técnica
Elenco: Rodrigo Fischer, Samya de Lavor, Vitor Colares Romulo Braga, Elisa Porto, Stephane Brodt, Daniel Medina, Nataly Rocha, Mariana Nunes; Demick Lopes ; Fernando Piancó; Ana Luiza Rios, Iara Lilu , Larissa Siqueira e Uirá dos Reis
Roteiro: Francis Vogner dos Reis, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti
Direção: Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti
Casting: Marcelo Grabowsky
1o assistente de direção: Daniel Lentini
Produção executiva: Caroline Louise
Coprodutora: Vania Catani
Direção de produção: Ticiana Augusto Lima
Produção de set: Julia de Simone
Direção de Fotografia: Ivo Lopes Araújo
Som: Nicolas Hallet
Direção de arte: Lia Damasceno e Thais de Campos
Cenotécnico: Daniel Muskito
Figurino: Themis Memória
Maquiagem e caracterização: Guilherme Funari
Montagem: Clarissa Campolina
Edição de som e Mixagem: Pablo Lamar
Colorista: Antoine d'Artemare
Produtor de finalização: Caroline Louise, Luiz Pretti e Ricardo Pretti
Projeto Gráfico: Fernanda Porto e Filipe Acácio.
Serviço
O quê
Filme “O Último Trago”
Onde
Cine Lume – Renascença
Sessão
20h
Saiba Mais
- Maranhenses são premiados no Festival Internacional FAM 2021
- Novo filme maranhense, "Curupira - O Demônio Da Floresta" estreia dia 28 de outubro nos cinemas
- Indicado ao Oscar "O homem que vendeu sua pele" ganha nova data de estreia
- Filha da Lua estreia nos cinemas dia 12 de agosto
- Trailer do novo filme do Homem-Aranha quebra recorde de visualizações
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.