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Recursos da Amazônia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
EM MIAMI, Antonio Cordeiro Filho e Ana Cristina Maranhão viveram uma agradável experiência gastronômica no restaurante Estiatorio Milos, que é famoso por excelentes peixes e frutos do mar  e uma abordagem refinada da culinária grega
EM MIAMI, Antonio Cordeiro Filho e Ana Cristina Maranhão viveram uma agradável experiência gastronômica no restaurante Estiatorio Milos, que é famoso por excelentes peixes e frutos do mar e uma abordagem refinada da culinária grega (PH01)

Onde foram parar os recursos da Amazônia? O Fundo Amazônia destinou diretamente R$ 1,1 bilhão e mais R$ 3,4 bilhões em doações para projetos de desenvolvimento econômico da Amazônia. Estes recursos foram repassados a universidades, entidades religiosas e ONGs. O governo agora quer passar um pente fino nesses recursos, e nos projetos. Setores da “comunidade acadêmica” já começaram a protestar. Sinal de que o governo está certo em apurar o uso destes recursos.

Virou desabafo
O Carnaval transformou-se num grande desabafo, deixando de ser diversão. Além disso, a situação do país exige mais seriedade do que alegria.
A premiação da Mangueira revela apenas o alienamento dos juízes e dos que aplaudiram. Estes “heróis esquecidos”, lembrados pela escola, pouco ou nada contribuíram para o país.
O Brasil nunca soube respeitar seus verdadeiros construtores. Só como exemplos, ignorou a candidatura ao Prêmio Nobel de Carlos Chagas e de César Lattes.
Os brasileiros continuam querendo viver numa mentira eterna. Somos um país atrasado, e vamos continuar atrasados enquanto não enfrentarmos a verdade.
O Rio de Janeiro representa o que temos de pior e as emissoras de TV tentam colonizar o Brasil impingindo tudo o que não presta da cultura carioca.

Transborda
Há discursos para todos os estilos: diretos, indiretos, de citações, enfadonhos e ininteligíveis.
O presidente Jair Bolsonaro inaugura a fase dos pronunciamentos efervescentes.
Ao dizer que a democracia só existe se as Forças Armadas quiserem, atropelou os demais poderes e provocou indisposição.

Redução do Carnaval
Uma pesquisa divulgada na última quinta-feira pelo Instituto Paraná, ouvindo 2.204 pessoas de 22 a 25 de fevereiro em 170 municípios de 26 estados e Distrito Federal, mostrou que 85,8% dos entrevistados ficaram a favor dos prefeitos que reduziram os gastos com a folia de Momo sob o argumento de investir noutros setores como saúde, educação e infraestrutura.
Setenta e dois por cento acham que a festa deve ser bancada pela iniciativa privada; 21,2%, pelos dois (público e privado); e só 2,4%, pelo poder público.
No Maranhão não foram poucos os municípios que reduziram drasticamente os gastos com a folia.

Em linha direta
A Agência G1 noticiou no fim de semana que “Redes sociais norteiam a atuação de parlamentares no Congresso Nacional. Deputados federais e senadores investem em enquetes para consultar a opinião de seus seguidores e usam as redes para interagir e prestar contas aos seus eleitores.”
As redes vão adiante: em muitos municípios, vereadores da oposição acordam cedo e saem em busca de buracos nas calçadas, obras paralisadas e filas em
postos de saúde.
Ao final da ronda e com as fotos registradas, lançam no Facebook e no Instagram para os endereços que constam em suas listas. É o suficiente para os prefeitos, secretários e assessores passarem o dia dando explicações e apagando incêndios.

Deve dar a meia volta
O presidente Jair Bolsonaro se precipitou ao anunciar que as rodovias brasileiras deixarão de contar com novas lombadas eletrônicas, “porque é difícil completar uma viagem sem ser multado”.
A punição só atinge o bolso dos que se excedem na velocidade, pondo em risco a vida de outros.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o Maranhão conta com mais de 150 lombadas na malha federal. Há quem contabilize mais de 100 equipamentos em rodovias estaduais.
Para citar um exemplo distante: o número de lombadas nas rodovias federais da Paraíba vai aumentar de 70 para mais de 180. Não se tem conhecimento de consulta que o presidente tenha feito a algum órgão especializado.
Espera-se que os argumentos técnicos convençam e volte atrás.

TRIVIAL VARIADO

Se continuar no palanque, gastando tempo com questões menores nas redes sociais, Jair Bolsonaro corre o risco de se transformar no Jânio Quadros da Era Digital. Passado o Carnaval, é hora de virar a página e dar prioridade às reformas.

O conselho de Olavo de Carvalho para que seus alunos deixem os cargos que ocupam nos ministérios é uma boa notícia para o governo de Jair Bolsonaro: o que o Brasil menos precisa é de lunáticos dando palpite sobre o que deve ser feito.

A Câmara dos Deputados, às 9h desta segunda-feira, vai homenagear os 208 anos de fundação de Garanhuns, conhecida como a Suíça pernambucana. É a cidade onde nasceu Luiz Inácio Lula da Silva.

Dia 17 deste mês, a Operação Lava Jato completará cinco anos. A Polícia Federal recuperou 14 bilhões de reais de empresas e executivos criminosos. Mais de 500 pessoas foram acusadas, houve mais de 130 denúncias criminais e cerca de 50 sentenças.

A cada começo de governo, a briga entre detentores de ministérios e secretarias estaduais é para aparecer mais. Cotovelaço vira a arma mais leve. Muitos esquecem ou não tomaram conhecimento de um ditado chinês: “as árvores mais altas são as que mais devem temer os raios”.


As universidades de alcance nacional e o ensino a distância, com preços bem mais acessíveis, tornaram-se grandes obstáculos para escolas privadas de nível superior, que têm longa tradição no Estado. A fuga de alunos não para.

Há algum tempo transformado em figura bissexta, o pintor Jesus Santos reapareceu na vida social, sábado, para celebrar os 84 anos do seu (nosso) amigo Eliézer Moreira Filho, no Armazém do Chef

DE RELANCE

Reforma e apoios
O governo já contabiliza 260 votos consolidados em favor do texto da reforma da Previdência, segundo a estimativa revelada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A notícia não poderia ser melhor, levando-se em conta a relevância da aprovação da reforma para atrair investimentos internacionais e alavancar a economia do País. O governo agora está atrás de outros 48 votos para consolidar a aprovação do projeto de reforma da Previdência no plenário da Câmara. Há uma sinalização boa: outros 100 deputados, segundo o ministro, já indicaram ao Palácio do Planalto que votarão a favor da reforma.

Assalto às futuras gerações?
O ministro Paulo Guedes usa uma expressão que deixa claro o dano que será criado, se o texto sofrer modificações demagógicas que reduzam a expectativa de receita. Guedes usa a frase “reduzir a economia para menos de R$ 1 trilhão em dez anos é ‘assaltar as gerações futuras'”. Assim, fica evidente que qualquer alteração no texto ficará condicionada a compensações. O resto é demagogia irresponsável.

Precisa se autoavaliar
O Senado tem uma Comissão com nome longo: Transparência, Governança, Fiscalização, Controle e Defesa do Consumidor. A primeira tarefa este ano é formar subcomissão para avaliar a qualidade dos gastos públicos. Se tiverem coragem, os parlamentares começarão fazendo a faxina na própria casa, famosa por mordomias e desperdícios.

Lentos e distantes
Não foram ouvidas ainda manifestações no Senado e na Câmara dos Deputados, este ano, sobre uma nova e necessária distribuição do bolo tributário. O que existe hoje é o desequilíbrio com a prática da empurroterapia.

Salve-se quem puder
De 2015 até agora, 3 milhões de pessoas no país desistiram de ter plano de saúde privado por não encontrarem alternativas que caibam no bolso. É uma parcela da população que passou a enfrentar filas em hospitais sucateados do SUS. Cabe acrescentar: levantamento da Confederação Nacional dos Municípios aponta que, em dez anos, o Brasil perdeu 40 mil leitos, atingindo principalmente a pediatria e a obstetrícia de hospitais públicos.

O que derrubou Collor?
Uma lenda tem reafirmado que o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor foi vítima do impeachment porque descobriu-se a compra irregular de uma camioneta Fiat Elba com recursos oriundos do caixa dois da sua campanha eleitoral. Como toda lenda, nem sempre há um nexo com os fatos reais. Collor caiu principalmente porque estava convencido de que, com a força da votação obtida, poderia governar sem ceder às barganhas de senadores e deputados. Sequer os recebia no gabinete presidencial. Quando se deu conta do erro, já era tarde.

Cota para mulheres
Sobre a ideia de governistas de acabar com a cota para mulheres nas eleições: Me desculpe, mas miopia é não ver que o problema está em nosso esdrúxulo sistema de eleições proporcionais. Aliás, essa é uma das tarefas do jornalismo: mostrar que o nosso sistema de candidaturas avulsas não vigora em país algum do mundo, exceto na Finlândia. Aliado à profusão de partidos e ao disparate das coligações, esse sistema é o cancro que deve ser extirpado.

Sinal de queda
O principal motivo que faz a inflação estar controlada é a inexistência de pressão do consumo. Motivo para analistas projetarem que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, dias 19 e 20 deste mês, os juros atualmente em 6,5 por cento poderão voltar a baixar. É o patamar em que se encontra há um ano.

Vem de longe
Os jornais de março de 1929 publicaram anúncios da Vlan, primeiro lança-perfumes no país. O texto detalhava: “É o preferido para os folguedos de Carnaval. Escolhido não só pela sua esmerada confecção como, especialmente, por suas finas e inebriantes essências. Não irrita a pele e não ofende a vista. O perfumador da elite.”

Para escrever na pedra:
“Se amor não é, qual é este sentimento?/ Mas se é amor, por Deus, que cousa é a tal?/ Se boa, por que tem ação mortal?/ Se má por que tão doce o seu tormento?”. De Petrarca, o poeta italiano que se consagrou como o cantor de Laura:

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